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Brasil trabalha no desenvolvimento de teste para detectar coronavírus em um minuto

14/04/2020 - 18h49min

País – Testes que ficam prontos em apenas um minuto, realizados por sensores biológicos com Inteligência Artificial, capazes de detectar a presença do coronavírus com rapidez e baixo custo estão sendo trabalhados em pesquisas do laboratório de Nanobiotecnologia do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Teranóstica e Nanobiotecnologia (INTC TeraNano) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

A expectativa é que os primeiros equipamentos estejam disponíveis para o sistema de saúde nos próximos 20 dias. Cada um, que custa cerca de R$100 mil, consegue processar entre 400 e 500 resultados por dia. Cada exame deverá ter um custo de R$40.

No Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Dengue e Interação Microorganismo Hospedeiro (INTC Dengue), com ampla experiência no combate à dengue, os cientistas estão pesquisando também viroses emergentes, como a Covid-19. Além do sequenciamento do coronavírus, o laboratório trabalha no desenvolvimento de novos fármacos tanto antivirais como anti-inflamatórios para o tratamento ao coronavírus, e testes clínicos de novos medicamentos, incluindo a cloroquina.

Testes rápidos
No Norte do Brasil, o Centro de Biotecnologia da Amazônia, em Manaus, trabalha em uma versão nacional dos kits de diagnóstico rápido de Covid-19. O novo teste será produzido com insumos nacionais e terá um índice de detecção superior ao dos kits importados.

Neste momento de pandemia mundial, o avanço desse tipo de pesquisa diminui a dependência por insumos importados. A possibilidade de eficácia dos testes nacionais é maior devido às mutações que o vírus sofreu ao chegar ao País.

“Os kits diagnósticos produzidos com anticorpos e antígenos importados podem ter baixa sensibilidade de detecção no Brasil, uma vez que não são adaptados à nossa realidade viral, por isso a necessidade de produção de um kit com insumos nacionais para atender à específica e crescente demanda brasileira”, afirmou gestor do CBA, Fábio Calderaro.

Segundo Calderaro, a técnica de produção com materiais e antígenos nacionais poderá ser distribuída para diferentes centros de produção, o que seria suficiente para suprir a demanda nacional mínima determinada pelo Ministério da Saúde, que é de 30 mil testes por dia.

A medida, no entanto, depende da autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A partir daí, a produção dos testes poderá ser atingida em quatro meses.

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