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Pílulas anticovid-19 têm resultados promissores, dizem farmacêuticas

07/11/2021 - 11h11min

Antivirais que reduzem a capacidade de reprodução do vírus no organismo (Crédito: Reprodução/ CP)

MundoBoas expectativas estão sendo lançadas com os primeiros tratamentos orais contra a covid-19. O anúncio foi realizado pelas empresas farmacêuticas americanas Merck Sharp and Dohme (MSD) e Pfizer. Um antidepressivo também mostrou sinais promissores.

Os tratamentos orais, pílulas ou comprimidos, seriam administrados logo nos primeiros sintomas da doença causada pelo coronavírus, com o objetivo de evitar o agravamento do quadro de saúde do paciente infectado, que pode levar a hospitalização.

Foram muitos meses de pesquisas, que ainda continuam, para chegar nestes primeiros passos. No início de outubro a MSD anunciou o molnupiravir, e a Pfizer anunciou na sexta-feira, o paxlovid. Ambos os medicamentos são antivirais, atuando na redução e na capacidade de replicação do vírus pelo organismo, o que desacelera a doença.

Conforme as pesquisas, a taxa de redução de hospitalização entre pacientes que utilizaram o tratamento oral foi de 50% para o molnupiravir e de quase 90% para o paxlovid. Porém, reforçam que comparações diretas não são eficazes, em razão dos diferentes protocolos de estudo dos medicamentos.

Também um antidepressivo, utilizado pela população, a fluvoxamina, apresentou resultados positivos na prevenção de formas graves da covid-19. o estudo foi publicado em outubro por brasileiros, na revista Lancet Global Heath.

Tratamento não substitui vacina
Confirmando a eficácia do tratamento para a covid-19, a população igualmente deverá continuar se imunizando. Mas isso representaria um grande avanço contra a pandemia. Os tratamentos da MSD e da Pfizer preveem 10 doses em cinco dias. 

Quando passaria a valer?
O monupiravir da MSD já tem aprovação no Reino Unido, onde autoridades sanitárias deram sinal verde, na quinta-feira, para fazer uso em pacientes que tenham pelo menos um fator de risco de desenvolver sintomas graves, como idosos, obesos e diabéticos.

Nos Estados Unidos e na União Europeia, as autoridades também estão avaliando o medicamento em caráter de urgência. A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) prometeu que agilizaria o processo, mas não confirmou previsões de prazo. Alguns países já estão reservando doses do mulpiravir. A França solicitou 50 mil doses, já nos EUA foram 1,7 milhão de doses pedidas. O valor seria de US$ 700 por dose, totalizando a estimativa de US$ 1,2 bilhão.

A Pfizer anunciou apenas um pedido de autorização, que foi aos EUA, e não falou em preços, mas disse que seria “acessível” e moldável conforme nível de desenvolvimento econômico de cada país.

Fonte: Correio do Povo

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