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Adolescente que se alimenta bem, será um adulto saudável

29/08/2018 - 17h26min


“Adolescente que se alimenta bem, será um adulto saudável”.  A frase da nutricionista Karini Merolillo ilustra o quanto a alimentação interfere na vida dos jovens. Segundo ela, já que a adolescência e a juventude são caracterizados por um período de crescimento acelerado, é preciso pensar que além da estatura, os músculos, ossos e órgãos estão em desenvolvimento. “Todo jovem necessita de uma alimentação sadia e equilibrada, tanto em quantidade como em qualidade”, aponta.  De acordo com a profissional, uma alimentação saudável iniciada já na infância promove a saúde, o crescimento, o desenvolvimento e previne diversas doenças.

Uma má alimentação, com uma dieta deficiente em nutrientes essenciais para esta faixa etária, pode contribuir para o défict de crescimento e desenvolvimento, bem como para a desnutrição, que é uma condição clínica caracterizada pela deficiência de algum nutriente. O consumo excessivo e inadequado de alimentos favorece o aparecimento de várias doenças, alguma delas como: anemia, imunidade baixa, obesidade, diabetes e hipertensão, que são doenças crônicas que atualmente atingem uma grande parcela da população. “Visto que a adolescência é um período de transição da juventude para a vida adulta, com intensas mudanças somáticas, psicológicas e sociais, frequentemente o adolescente busca uma imagem corporal idealizada e, quando isso está associado à alimentação inadequada, pode levar a desequilíbrios tanto psicológicos quanto nutricionais que interferem em sua saúde e desenvolvimento”, observa.

Os pais são o exemplo

Para termos uma dieta saudável devemos evitar o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados, que são ricos em aditivos químicos, açúcares, sódio, gorduras trans e evitar particularmente um alto consumo de açúcares e carboidratos refinados (bolachas, pão e etc.). Deve-se preferir alimentos naturais, e na medida do possível, orgânicos e minimamente processados. É importante, consumir diariamente alimentos fonte de proteína (carnes e ovos), ferro (carnes e leguminosas – feijão, lentilha, ervilha), cálcio (leite e derivados, vegetais verdes escuros, leguminosas, peixes), vitaminas e minerais (provindas de vegetais folhosos, legumes e frutas) e das gorduras “boas” (azeite de olive extra virgem, oleaginosas) para termos um aporte adequado de nutrientes. Em resumo, pratos coloridos e atrativos devem ser a base da alimentação nessa faixa etária. Refeições caseiras, preparadas em casa, de uma forma geral também são mais saudáveis do que as compradas prontas.

De acordo com a nutricionista, conhecer as características individuais do adolescente, ter uma conduta flexível e traçar mudanças gradativas em conjunto são formas de motivá-lo a ter uma alimentação mais saudável.

Os pais são o exemplo. Não adianta querer que os filhos sejam saudáveis se eles não demonstram isso na prática. “É importante que os pais, que são os provedores, na hora da compra evitem alimentos ultraprocessados (industrializados com excesso de gordura, sal e açúcar) e priorizem uma alimentação colorida e feita em casa. Um estilo de vida saudável, que inclui uma boa alimentação e atividade física, melhora a qualidade de vida e previne o surgimento de doenças nos jovens e durante toda a sua vida”, complementa.

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