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Motor e Cia: carro colidido? Veja o risco com um conserto mal feito

23/03/2020 - 17h32min

Atualizada em 23/03/2020 - 17h35min

Automóvel Hyundai reparado recentemente pela Import Chapeação e Pintura (Créditos: divulgação)

Salvo casos extremos, um carro envolvido em acidente sempre pode ser recuperado. O que ocorre é que muitas vezes o serviço não compensa, tornando-se mais caro do que o valor do próprio carro. E quando o assunto é o preço, parte dos proprietários coloca-se em risco ao optar por um serviço sem garantias.

Suporte do para-choque, em formato de sanfona, absorve o impacto de colisões (Créditos: Francis Jonas Limberger)

A explicação vem de Jair Schaefer, proprietário da Import Chapeação e Pintura, de Nova Petrópolis. “A estrutura do carro tem uma série de pontos que visam reforçar a segurança dos ocupantes. Na reparação de um carro batido, isso precisa ser observado. Se a solda de um destes pontos não for bem feita, num próximo acidente isso poderá comprometer a integridade das pessoas”, explica o profissional, que tem experiência neste ramo no Brasil e no Canadá.

Um exemplo de ponto importante para a segurança dos ocupantes de um carro é o suporte do para-choque dianteiro, que em muitos modelos têm o formato de sanfona. “Isso é justamente para ajudar a absorver o impacto de uma colisão frontal. Se essa peça estragar em um acidente, ela precisa ser devidamente recuperada ou trocada. Caso contrário, numa próxima colisão, não servirá para absorver o impacto”, acrescenta Jair.

Colisões em Nova Petrópolis

Jair Schaefer voltou do Canadá há quatro, quando abriu Import Chapeação e Pintura. Desta experiência, ele cita a colisão frontal como o acidente mais comum em Nova Petrópolis. “É quando alguém se descuida e bate na traseira do outro carro. Acontece muito nas nossas rótulas do centro e nas faixas de pedestre. Alguém para e outro bate na traseira”, explica.

Entre os motivos do descuido, Jair cita o uso do celular e também o fato de ser uma cidade turística. Mesmo assim, ele ainda considera a situação relativamente boa na cidade. Além disso, cita o fato de que os carros estão cada vez mais modernos, com diversos tipos de sensores que evitam batidas. “Tem sensor de ré e carro que estaciona sozinho. Mas a quantidade de carros nas ruas ainda é um desafio”.

 

Diferenças do Brasil e do Canadá

Nos anos em que atuou no Canadá, Jair Schaefer participou de diversos cursos e testes oferecidos pela Honda. De lá, trouxe a experiência de uma realidade com muitas diferenças com relação ao Brasil. A começar pelas máquinas ferramentas que os mecânicos usam. “A qualidade muda bastante. Aqui, para comprar uma máquina daquelas é R$ 500 mil. Não tem condições”, comenta.

Muda também a importância dada para o reparo de carros após os acidentes. Como todos os carros são segurados pelo governo, quando há um conserto, o sistema deixa registrado o nome do profissional que fez o serviço. “Se houver outro acidente com o carro e o serviço tiver sido mal feito, aquele profissional terá que responder”, explica Jair.

Jair Schaefer e algumas das ferramentas que trouxe do Canadá para Nova Petrópolis (Créditos: Francis Jonas Limberger)

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