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Patinação artística ajuda menino a superar limitações da paralisia cerebral
Há sete anos, a professora Kátia Cristina Bianchi teve pré-eclampsia no parto do segundo filho. Seis meses depois, Artur Bianchi de Siqueira foi diagnosticado com paralisia cerebral. Mesmo assim, o menino aprendeu a driblar as limitações e encontrou na patinação artística uma maneira de encontrar sua independência.
“O nosso objetivo é ver ele sorrindo”, conta a mãe.
“Quando a gente tem um filho, a gente projeta sonhos futuros. Quando sabe que tem dificuldades e precisa de auxílio, a gente começa a viver o presente dele”, conta o pai, André Vinícius de Siqueira.
Artur tem 7 anos e está na segunda série da escola São Francisco Menino Deus, em Porto Alegre. A irmã, Carolina, estuda no mesmo colégio.
Fã de esportes, o menino já fez futsal, caratê, mas se apaixonou mesmo pela patinação observando a irmã mais velha. Para acompanhá-la, ele intensificou as sessões de fisioterapia com o objetivo de ganhar força nas pernas.
“Ele é totalmente dependente. Não tem o controle do tronco, não caminha sozinho, não senta sozinho. Temos que conduzi-lo onde quer ir”, explica a mãe.
O professor de patinação André Kasper relata que Artur sempre acompanhava a irmã, e decidiu incluí-lo nas atividades.
“O professor foi perguntar se ele queria patinar, e ele disse que sim. Porque ele gosta de tentar coisas novas”, conta, orgulhosa, Carolina.
Todos os anos, no Dia das Crianças, a escola prepara uma apresentação com os patinadores. Este ano, Artur estreou nas pistas e foi um dos destaques. O próximo objetivo é se apresentar, no ano que vem, sem o andador.
“Se botar ele em uma pista, e tiver música e uma coreografia, ele se apresenta”, completa o pai.
“Nossa expectativa e esperança é que continue crescendo e evoluindo, fazendo muitas atividades”, afirma o pai. “Vencendo as limitações. Uma a uma”, acrescenta a mãe.
Fonte: G1