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Coluna Nova Petrópolis

A Prefeitura tem explicações a dar sobre o estacionamento e a primeira é: por que tanta pressa?

08/11/2019 - 11h30min

Atualizada em 08/11/2019 - 13h46min

A triste ocorrência policial de quarta-feira, 6, envolvendo dois monitores do estacionamento, não pode servir para avaliar e muito menos “julgar” a equipe e o sistema como um todo. Porém, o flagrante chama a atenção para um outro problema, este sim relacionado ao todo. É a pressa com que tudo foi feito durante a implantação do estacionamento rotativo. A forma como os monitores foram selecionados é um exemplo notório. No início de setembro a empresa Zona Azul começou publicar anúncios de seleção dos monitores. E o sistema começaria a operar com cobrança no dia 1º de outubro! Menos de um mês. Este foi o tempo reservado para a seleção, treinamento e período de testes daqueles que devem receber boa parte dos nossos turistas e, preferencialmente, tratá-los bem. Não menos importante é o trabalho de atender aqueles munícipes que vão ao centro e têm dificuldade de lidar com as modernidades do sistema. Se consegue deixar uma equipe apta a tudo isso em menos de um mês? Claro que não! Aí chegou a véspera do dia 1º e foi anunciada aquela primeira semana sem cobranças, “para que os usuários se acostumassem ao sistema”. Poucas vezes se viu tanta demagogia. A semana serviu única e exclusivamente para o treinamento da equipe. Ao longo dela não se viu monitores orientando motoristas e sim grupinhos de monitores aprendendo a mexer nos parquímetros. A Prefeitura acompanhou tudo isso e não tomou qualquer atitude no sentido de redefinir as datas.

O certo teria sido um período de gratuidade de 30 a 45 dias. Ou seja. O pagamento deveria começar depois do feriado de 15 de novembro. E não tem nenhum exagero nesse prazo aí, visto que a empresa recebeu um contrato de 144 meses. Um período de testes entre 30 e 45 dias seria suficiente para a adaptação dos usuários e para a avaliação da capacidade e da conduta dos monitores. Esse tempo também seria oportuno para constatar eventuais falhas no sistema e corrigi-las. Mas não! Havia deliberada pressa para colocar a cobrança em prática. Não vamos esquecer alguns meses antes disso se avisava insistentemente que em breve seriam apresentados os resultados do projeto Nova 2050 e que seria importante levá-los em consideração no contrato do estacionamento. Afinal de contas, a Prefeitura investiu um valor alto neste estudo e acabou não o levando em consideração para fazer um dos contratos mais importantes da história do município. Nem mesmo uma audiência pública foi realizada. Agora estão pipocando críticas por todos os lados e os vereadores até já estão preparando uma lista com dezenas de itens que precisam ser alterados no sistema de estacionamento. A lista é válida, claro que sim, mas ao elaborá-la os vereadores estão simulando a audiência pública que deveria ter acontecido antes da assinatura do contrato! Agora, para completar, essa ocorrência policial… Certo ou errado, ela atinge a credibilidade do sistema. A Prefeitura tem explicações a dar e a primeira é: por que tanta pressa?

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