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“Coronavírus não é uma brincadeira”, diz estanciense vivendo em Portugal
Portugal – O coronavírus tem alterado rotinas pelo mundo todo, e fazendo pessoas repensarem seus hábitos. Diferentemente da Itália, por exemplo, onde a pandemia está fora de controle, Portugal ainda mantém a cautela para decretar quarentena no país. Os casos de Covid-19, entretanto, seguem disparando, assim como o número de mortes.
Em Ílhavo, a cozinheira Andreia Longaray, de 42 anos, natural de Estância Velha, vive com a filha e relatou ao Diário a realidade vivida por elas com a presença da doença na nação. Andreia conta que no restaurante em que trabalha o número de clientes tem sido muito baixo. As escolas estão fechadas e, por conta disso, ela precisa levar a filha junto ao emprego.
“Somos oito funcionários brasileiros, além dos patrões. Agora com esta epidemia estamos trabalhando só para fazer hora, pois não têm clientes”, conta ela. Além da Covid-19, existe também o medo de ficar sem o trabalho. “A gente não sabe até quando o patrão vai esperar para não nos mandar para casa. Aqui é um rodízio brasileiro e já está faltando carne”, relata.
A escassez de mantimentos, aliás, é uma realidade no país, segundo relatou ela ao Diário. “Os supermercados estão com as prateleiras vazias, mesmo trabalhando em horário reduzido. Nós brasileiros compramos apenas o necessário, mas fui ao mercado e haviam poucos itens. Há muitas pessoas no desespero”, afirma Andreia.
Praia disparou número de casos
Com a experiência de quem vive e acompanha de perto o drama causado pelo coronavírus, Andreia acredita que a população da região tem que estar preparada e prevenida para o que pode acontecer. “As pessoas têm que, principalmente, obedecer as regras”, conta ela usando Portugal como exemplo. “Aqui todos foram para a praia quando fecharam as escolas e o número de casos disparou. Só então, a população se conscientizou de que não é uma brincadeira”, afirmou.
Andreia deixa como dica as recomendações de higiene que segue no país europeu. “Deve-se sempre higienizar muito bem as mãos. Sempre que chegar da rua, colocar as roupas para lavar. Quanto menos contato com público, melhor. Por isso deve-se evitar locais com aglomeração de pessoas”, indicou ela, que concluiu afirmando que “é preciso ter consciência de que não apenas os idosos, mas todo mundo precisa ter cuidado, pois o coronavírus é algo sério”.
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