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Luta de professora contra o câncer serve de inspiração em Dois Irmãos
Dois Irmãos – Em outubro do ano passado, ela recebeu um diagnóstico que assusta. A professora Katia Kolling, 36 anos, descobriu que estava com câncer de mama. Os primeiros dias foram de desespero e muito choro. No entanto, após o choque inicial de uma das notícias mais temidas por todos, ela decidiu secar as lágrimas e enfrentar a doença de frente. Garantiu que sua fé em Deus e na vida seria maior e isso lhe ajudaria a encarar e vencer a batalha. Kátia passou pela cirurgia de retirada das mamas e pelas sessões de quimioterapia, que encerraram há cerca de 15 dias. Agora, ela seguirá com fisioterapia, exames de rotina e tratamento de hormonioterapia. Mas, graças a Deus e a medicina, não existe mais nódulos e indícios da doença em seu corpo.
“Nos dias mais difíceis, levantava por eles”
Depois de tudo que passou, Katia tenta inspirar pessoas. Ela não quis esconder a doença, pelo contrário, utiliza as redes sociais para incentivar o diagnóstico precoce, assim como mostrar que o câncer pode ter cura. “Logo, fiz mamografia e ecografia. De imediato, nem me passava pela cabeça que poderia ser essa doença. Receber o diagnóstico foi um momento muito difícil. A gente pensa que vai morrer, que não há luz no fim do túnel. Nos primeiros dias, chorei muito. Mas, após o primeiro choque, passei a refletir. Nada na vida acontece por acaso e sempre temos duas alternativas: reclamar ou lutar. Decidi viver, decidi encarar sem questionar, sem me queixar. Lutei por Deus, pela minha família, meu marido e minha filha pequena”, lembra, sorrindo e abraçando Bella, de quatro aninhos. “Ter ela e meu marido (Cleiton) ao meu lado foi incrível. Eles me cuidaram, me deram força e sempre me incentivaram. Família é o nosso maior presente e sou eternamente grata à minha. Nos dias mais difíceis, levantava por eles”.
CIRURGIA E QUIMIOTERAPIAS
Katia tinha oito nódulos em uma das mamas e, no dia 26 de novembro, passou por uma cirurgia. “Tive que retirar as duas. Isso não me causou tanto medo. Não me importava em tirá-las, meu medo era não conseguir me recuperar. Minha médica disse que eu poderia optar em retirar somente uma mama, mas existia grande risco de vir a ter doença na outra. Para não correr o risco de ter que passar por todo processo novamente, de imediato concordei com a cirurgia nas duas mamas”, recorda. A cirurgia durou cerca de seis horas e, além da retirada, os médicos também implantaram silicone. Após, Katia passou por seis sessões de quimioterapia. Todo o tratamento ocorreu em Porto Alegre. “Logo depois das sessões, ficava ruim. Com sintomas já previstos, mas o mais difícil foram as alergias no corpo. Mas superei”.
“Sentença de vida, de renascimento”
Logo que soube do câncer, Katia questionou o porquê aquilo tinha que acontecer com ela. “A médica logo me respondeu que não existe uma razão. Assim como era eu, tinha outras pessoas com a mesma doença. Procurei não ficar pensado nisso depois. Hoje, depois de tudo que passei, acredito que nada acontece por acaso. Precisamos tirar ensinamento de toda dificuldade. Hoje, acredito que o câncer pode ser uma sentença de vida, de renascimento”, refletiu a professora, que já lecionou no Colégio Imaculada Conceição e, atualmente, na escola municipal Arno Nienow. Katia agradece também o carinho das pessoas e todas as correntes de orações. “Recebi muitas mensagens de carinho, soube de muitas pessoas que rezaram por mim; isso me deu mais força. Receber carinho assim é bom demais”, disse ela, reforçando ainda que as pessoas precisam ser mais positivas. “Temos que ser luz na vida, acreditar no melhor, fazer o melhor e o bem sempre”.
Reportagem completa na edição dessa terça-feira.