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Novos cargos de fiscal e auxiliar de procurador geram polêmica em Dois Irmãos
Dois Irmãos – A criação de dois novos cargos na prefeitura gerou polêmica na semana passada. Em meio à pandemia, o Executivo encaminhou para a Câmara de Vereadores o projeto 09, que criar os cargos de fiscal de obras, postura e urbanismo e procurador auxiliar. Conforme justificativa da prefeitura, a criação do cargo de fiscal devido ao encerramento do contrato emergencial do atual fiscal também o não retorno do fiscal que está em licença de saúde há vários anos e sem perspectiva de retorno. Já o auxiliar de procurador se deve ao aumento da demanda de trabalho na área. Com o placar de 5 a 3, votaram a favor Celina Christovão, Eliane Becker, Elony Nyland, Paulo Gehrke e Paulo Quadri; votaram contrários Paulino Henz, Paulo Fritzen e Sérgio Fink. O presidente Joracir Filipin só vota em caso de empate. Ambos os cargos são de 34 horas mensais.
“Não era necessária a criação desses dois cargos”
O vereador Sérgio Fink questiona a necessidade das contratações. Para ele, nesse momento, não seria necessário criar novos cargos, aumentando as despesas do Poder Público. Em três anos, as novas contratações chegam a cerca de R$ 348 mil de salários e encargos. “Em primeiro lugar, não era necessária a criação desses dois cargos. Em 2018, aprovamos a contratação de uma assessora especial no jurídico. Sobre o fiscal, deveriam continuar na forma de contratos emergenciais. Em segundo, se são cargos realmente necessário, que a meu ver não são, a prefeitura deveria ter optado por contrato emergencial e não criar vaga que se manterá para sempre”, disparou Sérgio, que quis pedir vistas ao projeto, mas “o presidente Filipin decidiu colocá-lo direto em votação”. Em 2020, os custos dos cargos serão de R$ 110 mil; em 2021 de R$ 115 mil; e, 2022 de R$ 121 mil.
“São cargos necessários”, defende prefeita Tânia
A prefeita Tânia da Silva diz que os dois cargos são necessários e, que independente da pandemia, se faz urgente as funções. “O auxiliar de procurador é porque temos uma servidora afastada. Ela está grávida e, enquanto a pandemia não passar, não poderá retorno porque está no grupo de risco. A estimativa é de que isso se prolongue até novembro, quando ela deverá entrar em licença maternidade, que será de três meses. Não podemos ficar tanto tempo com um profissional a menos no setor jurídico”, disse a chefe do Executivo, explicando a criação do cargo de fiscal. “O fiscal que é concursado está em licença saúde há cerca de sete anos e não há previsão de retorno. Durante toda minha gestão, optamos por contratos emergenciais, mas não dá para seguir assim. Este salário já existe, só passará a ser efetivado a um concursado. Criamos os cargos porque são necessários”.