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Investigação do assassinato de Adélcio Haubert tramita sob sigilo

11/12/2020 - 13h58min

Atualizada em 11/12/2020 - 14h12min

Adélcio morreu aos 65 anos, vítima - segundo a polícia - de homicídio em sua própria casa (Créd: Arq. pessoal)

Por Cleiton Zimer

Santa Maria do Herval – Quase dois meses depois do atentado que tirou a vida do empresário e ex-vice-prefeito de Herval Adélcio Haubert, a polícia segue ouvindo pessoas e investigando, mas, até o momento, não há nada conclusivo e nenhuma informação que possa indicar o autor do disparo e a motivação foi divulgada pelas autoridades. De acordo com o delegado Eduardo Augusto de Moraes Hartz, que coordena a investigação, o caso está em andamento e tramita sob sigilo.

Dessa forma, as perguntas de quem fez o que fez e do porquê atirou em Adélcio ainda permanecem no ar, sem respostas para a comunidade hervalense e toda região que ficou impactada com o ocorrido.

O que se sabe?

O crime aconteceu em uma quarta-feira, 21 de outubro; Adélcio levou um tiro na cabeça enquanto estava em sua casa, sentado no sofá, na localidade de Boa Vista do Herval. Ele morreu seis dias depois e durante todo esse período esteve internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em coma. Segundo o delegado – que trata o caso como homicídio – o disparo foi efetuado entre 19h20 e 19h30 daquela noite.

Adélcio e a sua esposa Flávia estavam sozinhos na residência, na sala de estar; depois dos disparos, ao ver o marido desacordado e ensanguentado, chamou por um casal de amigos mesmo tendo sido atingida de raspão por um disparo. De acordo com informações do Ambulatório 12 de Maio, a equipe de saúde recebeu uma chamada pedindo por socorro às 19h57, cuja ligação de 51 segundos foi feita por essa amiga da família.

A vítima foi socorrida por uma equipe médica e ambulância, encaminhada para o Ambulatório sob escolta e posteriormente para o Hospital da Unimed em Novo Hamburgo – também com escolta da polícia até a BR-116, em Morro Reuter.

Segundo a comandante Rosângela Nunes, naquela noite uma viatura da guarnição da Brigada Militar com dois policiais estava fazendo ronda em Boa Vista de Herval e, ao retornarem para o quartel que fica no Centro receberam a chamada do Ambulatório informando do ocorrido. Imediatamente – menos de um minuto depois do pedido de socorro – a viatura retornou à localidade, para, em um primeiro momento, proteger a equipe de saúde que fazia o socorro e as demais pessoas na volta.

Depois do socorro feito, ficou um soldado para fazer o registro da ocorrência e os demais retornaram para o local para preservar a cena do crime até a chegada da perícia. Os policiais caminharam pelo mato, procuraram, mas como era noite e escuro não visualizaram nada e não foi possível localizar ninguém. “Perguntamos nas imediações, mas ninguém tinha visto nada”, afirmou Rosângela.

A cena do crime

A casa de Adélcio onde ocorreu o crime fica perto da RS-373, ao lado do Frigorífico Boa Vista, fundado e erguido por ele e seu pai e que foi vendido há cerca de dois anos para um empresário de Santa Catarina. Apesar de perto da rodovia a casa fica envolta por um matagal, estando isolada. Um muro com um metro de altura cerca a residência; acima do muro ainda há uma grade e, em cima desta uma cerca elétrica. Entre o muro e a casa há um espaço que varia entre 10 a 20 metros. A polícia suspeita que o atirador tenha efetuado os disparos a partir do muro, se ajeitando entre a grade e atirando pela janela, acertando Adélcio que estava sentando no sofá ao lado da mulher.

Foi encontrado uma cápsula de um projétil calibre 38 e a perícia está averiguando para ver qual arma foi usada no crime. Devido à distância em que o tiro foi disparado e pela precisão, a probabilidade é que seja uma arma longa, como por exemplo uma puma – mas isso ainda não foi confirmado pelas autoridades policiais.

Apesar de ser encontrado somente uma cápsula, dentro da casa há vestígios de ao menos três disparos: um que atingiu Adélcio e outros dois em locais aleatórios.

Câmeras de segurança 

As imagens das câmeras de segurança da residência foram recolhidas e estão sendo analisadas. Questionado se elas já apontavam para alguma pista o delegado Hartz informou somente que foram encaminhadas para a perícia, mas, não deu mais detalhes se há algum indício que pode identificar a autoria dos disparos.

 

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