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Nova Petrópolis: vereadora propõe envolvimento comunitário para compostagens

03/02/2021 - 09h49min

Composteiras de Lisboa são exemplos (Créd.: Divulgação)

Nova Petrópolis – A vereadora Kátia Zummach (PSDB) entrou com uma indicação para que o município estude a possibilidade de instalar composteiras comunitárias, ou alguma forma semelhante de recolhimento de lixo orgânico, separado do lixo doméstico.

Zummach justifica o pedido pela necessidade de reduzir a emissão de lixo doméstico, aproveitando o que é orgânico para adubos em hortas, flores e etc., e assim, facilitar a reciclagem do lixo seco para transformá-lo em algo reaproveitado. “A ideia de transformação é uma prática adotada por várias pessoas, mas nem todos tem um local disponível em suas casas para dar uma destinação ambiental adequada”, disse.

Vereadora Kátia Zummach (Créd.: Vinicius Martins)

O objetivo seria que a Prefeitura, através da secretaria competente, instale essas composteiras nos bairros, para que os moradores tenham um local em comum para depositar os resíduos orgânicos e não mais misture com o lixo seco.

O secretário de Agricultura, Jorge Lüdke, afirma que a Administração Municipal é favorável aos projetos de compostagem e está disposta a apoiar tais iniciativas. No entanto, em um primeiro momento, Lüdke entende que o mais apropriado seria incentivar as composteiras residenciais, em que cada morador cuida da sua. “Quanto às comunitárias, precisariam ser iniciativas da própria comunidade, para as quais o Poder Público também está disposta a dar apoio. Neste caso, cada a comunidade precisaria definir o ponto mais apropriados para a instalação da sua composteira”, finaliza.

Exemplos

Na indicação, a vereadora anexa um exemplo adotado em Lisboa, Portugal. No final de dezembro de 2020, 10 composteiras comunitárias foram instaladas na cidade, aumentando para 15 os pontos para descarte orgânico pela população. O projeto tem o apoio da Câmara de Lisboa e basta se inscrever no programa para se participar. Em troca, os moradores recebem adubo orgânico que podem ser usados em vasos, hortas ou jardins.

Outro exemplo é a “revolução dos baldinhos”, aplicado em Florianópolis há mais de 10 anos. Neste projeto, os responsáveis vão até a casa das pessoas para recolher o lixo orgânico e transformar em compostagem. A ação ganhou um prêmio de agroecologia na Alemanha, em 2019.

Escola incentiva os alunos

Apesar dos exemplos de fora que mostram os benefícios, aqui mesmo, em Nova Petrópolis, já há um projeto de composteira. Ele fica na escola Primeiro de Maio, da Vila Germânia. A diretora e professora Elen Raimann conta que há anos se faz a separação do lixo e a compostagem, que depois é usada na horta da própria escola. No ano passado, o projeto, que integra a Cidade Educadora, seria ampliado para as famílias, mas foi interrompido por conta da pandemia.

A ideia seria ensinar os alunos para que eles levassem o conhecimento para casa e fizessem as próprias compostagens, trazendo depois de volta para a escola. “Nós ensinaríamos como deve ser feito, pois nem todo o lixo orgânico pode ser aproveitado, e então 20 famílias fariam o processo, depois mais 20 e assim por diante”, explica Raimann.

Em novembro, houve um encontro para ensinar a comunidade sobre a compostagem e também a fazer jardins na própria casa. A próxima reunião está marcada para fevereiro, onde novos assuntos sobre o meio ambiente serão abordados. “Nós temos o sonho de fazermos uma horta comunitária no bairro e reduzirmos cada vez mais a emissão de lixo”, conclui a professora.

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