Coluna Dois Irmãos
Um ano se passou e o que mudou de lá para cá? Quantos leitos ou hospitais a mais foram construídos?
Por Mauri Marcelo Toni Dandel
SEM RESPOSTA
Há algumas semanas comentamos aqui que, um ano depois, voltaríamos ao mesmo março de 2020. Um ano perdido! Lembra?
Pois é, ainda era bandeira vermelha. A pergunta que a gente faz, hoje, é a seguinte: quantos leitos de UTI a mais foram ampliados ao longo do ano? Alguém tem este número?
Quantos hospitais foram construídos de norte a sul deste País, seja pelos Estados, Municípios ou pelo Governo Federal? Ou pelo STF ou pelo Congresso? Alguém fez alguma coisa?
A OMS, que tanto palpite dá no Brasil, nos ajudou com um leito a mais, um respirador a mais em um ano? Ah, não é a função dela, ‘tá bom’!
QUE OPORTUNIDADE PERDIDA
Voltamos a frisar a mesma coisa de alguns dias atrás e também de um ano atrás: gente morrendo pelos corredores de hospitais sempre tivemos. Não estou minimizando a Covid. Todo mundo precisa se cuidar. Trabalhar e se cuidar. Ponto.
A questão é que o corona trouxe a chance para o Brasil parar de torrar dinheiro com Carnaval, políticos, futebol, diárias, viagens e bobagens para usar este mesmo dinheiro para investir na saúde.
ERA FÉRIAS
Se a Covid tivesse terminado em dezembro, antes das férias de todo mundo, e daí? Não seria dinheiro jogado fora ter construído UTIs. Teríamos hospitais dignos de Copa do Mundo!
Mas nem hospitais foram feitos, nem UTIs ampliadas e nem a Covid foi embora, só tirou férias na campanha eleitoral e no réveillon.
NÃO QUER CALAR
Fizemos o dever de casa?
EQUILÍBRIO
– De um lado, uns reclamam que o governador trancou tudo. De outro, outras pessoas chiam porque o presidente minimiza o vírus.
– A grande mídia só divulga que todos têm que cumprir o decreto. Ou seja, se escuta o governo. E quem ouve o comércio?
– Tudo na vida é preciso equilíbrio e parece que isso não estamos tendo.
– Hoje a mensagem positiva traz duas frases antagônicas, uma é o oposto da outra, mas se complementam. Quer ver? “Você pode estragar sua vida inteira, se ficar andando com pessoas sem objetivos e sem ambição”, autor desconhecido. E agora, pra bater de frente: “O melhor indicador do caráter de uma pessoa é como ela trata as pessoas que não podem lhe trazer algum benefício”, Abigail van Buren. O que fazer, então?
NÃO QUER CALAR
Que lição pode tirar? Vamos cuidar da saúde, a economia a gente vê depois? Ou o Brasil não pode parar, mesmo que, para isso, o grupo de risco morra? Qual das opções você escolhe?
Quem disse que precisamos escolher uma ou outra? Não dá para ficar com as duas? Dá. Para tudo na vida é preciso equilíbrio. Esta é a palavra! Será que podemos ter equilíbrio nos dias atuais?