Coluna Nova Petrópolis
Nova Petrópolis: desobediência, sobrou para os prefeitos, pergunta que não quer calar, ato simbólico, ausência ilustre e finalizando
Raul Petry – [email protected]
DESOBEDIÊNCIA
Certa vez um jogador de futebol que estava com os salários atrasados se consagrou nos microfones ao dizer a seguinte frase: “eles fingem que me pagam e eu finjo que jogo”. O governador Eduardo Leite está agindo mais ou menos da mesma forma com os protocolos e a fiscalização. Sejamos francos: neste sábado, em Nova Petrópolis, quem queria abrir as portas do seu estabelecimento, abriu. Tudo bem, a fiscalização andou para lá e para cá, fez algumas abordagens. Mas ficou por isso mesmo. E em outros municípios aconteceu a mesma coisa. Não tem mais como segurar quem está com as portas fechadas e acumulando prejuízo há mais de um mês. A bem da verdade, os prejuízos existem há quase um ano. Só que nos últimos 30 dias eles foram quase totais.O governador precisa agir o quanto antes, pois a desobediência civil está mostrando a cara e depois não tem mais volta.
SOBROU PARA OS PREFEITOS
O governador faz as regras, mandando fechar os estabelecimentos aos finais de semana. E são os prefeitos que precisam fazer acontecer. É evidente que um município como Nova Petrópolis não tem fiscais suficientes para cuidar de todos os estabelecimentos numa manhã de sábado. A fiscalização acaba sendo mais simbólica do que qualquer outra coisa. Quem quer atender o público, atende. Então, por que não criar protocolos melhores e autorizar a abertura de uma vez por todas?
PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR
Por onde será que anda a fiscalização estadual?
ATO SIMBÓLICO
Um grupo de empresários não muito numeroso, mas muito criativo, foi até a Prefeitura na manhã de ontem e tratou de interditá-la. Lacraram a Prefeitura! Depois fizeram o mesmo na Câmara de Vereadores. Foi um ato midiático e simbólico que tinha como objetivo chamar a atenção da opinião pública. E teve pleno êxito nisso. Os próprios manifestantes disseram ao Diário que não querem impedir nenhum funcionário da Prefeitura de trabalhar, muito menos fazer qualquer tipo de depredação.
AUSÊNCIA ILUSTRE
Do ponto de vista político, mais uma vez chamou a atenção a ausência da ex-candidata a prefeita Dóris Neumann. Ela aprecia muito este tipo de acontecimento, mas já não havia participado da carreata na semana anterior. O que será que aconteceu para ela ficar de fora?
FINALIZANDO
Não dá para fazer qualquer comparação entre os números da pandemia em 2020 e os de agora. Estamos em uma situação muitíssimo mais grave do ponto de vista sanitário. Mas aí nos damos conta de que no ano passado tivemos restrições tão severas quanto as de hoje. Exagerou-se quando não era a hora. Agora ninguém mais aguenta fazer parte disso.