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História de superação da família é contada por Sônia, proprietária da Eletrosinos

05/10/2021 - 17h00min

Atualizada em 22/10/2021 - 17h06min

A deficiência física (mobilidade) de seis dos 10 filhos foi o maior obstáculo que a família Moraes teve que enfrentar, mas nem mesmo isso impossibilitou que ela prosperasse

Uma história que faltam palavras para descrever tamanha determinação e superação. A família Moraes não possui apenas uma história de vida emocionante, ela tem um testemunho de perseverança que motiva corações. Muitas dificuldades ao longo dos anos permitem repensar os comportamentos fazendo melhorar continuamente. Transformá-las em aprendizado são atitudes constantes entre as pessoas que têm uma história de superação para contar. Elas são verdadeiros exemplos.

A deficiência física (mobilidade) de seis dos 10 filhos foi o maior obstáculo que a família Moraes teve que enfrentar, mas nem mesmo isso impossibilitou que ela prosperasse. Mesmo com as dificuldades de locomoção dos seis, apenas três filhos não fizeram faculdade. Entre os maiores ensinamentos da mãe Catharina estava a educação. Todos os filhos tiveram que estudar em São Leopoldo, passando uma temporada na casa da tia Lidia Jaeger, que era grande e podia receber durante os estudos.

Segunda filha mais velha de Catharina e José, Sônia fez faculdade de Ciências Contábeis e aos 75 anos é proprietária da Eletrosinos em Dois Irmãos, que iniciou as atividades em São Leopoldo, em 1983. Sonia conta do seu desejo inicial de ser freira, afinal, a família por parte de mãe e pai possui muita influência religiosa. Um primo, de segundo grau, construiu dois órgãos de bambu que se encontram no Colégio Anchieta e Cristo Rei. Mas com o passar dos anos Sônia desistiu da ideia. Inclusive sua mãe queria ser freira, mas desistiu quando conheceu seu pai, no casamento do tio Fredolino.

José Nei (em memória), o mais velho, Luiz Lélio (em memória), Maria Carmen, José Nestor, Virgínia e José Apolinário nasceram com uma deficiência que na época não era explicada pelos médicos. Nem por isso a deficiência lhes impediu de levar uma vida normal, de estudar, fazer faculdade e se realizar profissionalmente. Professor de física, empresário, relações públicas, empresário, bióloga e economista, respectivamente. Sônia é formada em Ciências Contábeis, João Carlos em Engenharia Operacional e Fátima em Processamento de Dados. João Batista, o mais novo, também é empresário.

Sônia conta que nascer com uma deficiência não era bem visto pelas pessoas e nem mesmo pela igreja naquela época. Os médicos não sabiam dizer por que as crianças nasciam com problemas e a maioria das pessoas também não buscava saber o por que de ter acontecido, simplesmente acreditavam que “era pra ser assim”. Mais tarde, o marido de uma prima, Constantino Sommer, desenvolveu um estudo na Alemanha e então descobriram que possivelmente primos/irmãos da mesma família haviam se casado, gerando assim a deficiência. Enquanto isso, os irmãos faziam tratamento na Santa Casa, em Porto Alegre, e eram levados de carona em um caminhão até a Capital.

Casa passou por adaptação

 

Aos 75 anos, Sonia fala da família05

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