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Polêmica prisão por estupro divide a comunidade de Presidente Lucena

20/01/2022 - 09h20min

Presidente Lucena – Uma grande polêmica envolve a comunidade lucenense neste início de ano, em decorrência de uma prisão por estupro de vulnerável. Tudo teve início na quarta-feira, dia 12, quando um jovem de 27 anos foi preso após ser acusado de abusar sexualmente uma menina de quatro anos que era cuidada por sua mãe, em uma espécie de creche particular, no Centro do município.

A mãe da criança teria notado um comportamento estranho na filha e, ao examiná-la, percebeu sangue nas partes íntimas da menina. Questionada, a criança informou que o jovem havia “colocado o dedo” nela. A mulher acionou a Brigada Militar e todos foram levados ao posto de saúde, onde um médico atestou que havia, de fato, ocorrido o abuso.

Diante das provas e depoimentos, o acusado foi preso em flagrante delito e encaminhado à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento – DPPA de Novo Hamburgo, por volta das 20 horas, para registro da ocorrência e, posteriormente, encaminhado ao sistema prisional, onde permanece preso aguardando pela resolução do caso.

Único suspeito

Delegada que investiga o caso afirma que o homem é o único suspeito

A delegada de Ivoti, Raquel Peixoto, responsável pela investigação do caso, afirma que o jovem é o único suspeito do crime até o momento. Ela destaca que já foi feito praticamente tudo o que era necessário para remeter o caso ao poder Judiciário, neste primeiro momento de investigações.

“Foi feito praticamente tudo, menos o depoimento da menina. Como ela é uma criança, vai ser ouvida pelo Judiciário. Chama-se depoimento sem dano, então ela vai ser ouvida lá. As perícias foram todas agendadas, as pessoas próximas foram ouvidas. Vamos ouvir mais uma outra testemunha que também estava na hora do fato e aguardar as diligências que o Ministério Público vai solicitar”, explicou a delegada Raquel.

Ministério Público

O funcionamento da creche está sendo investigado pelo Ministério Público (MP), já que o tema é de sua competência. O fato do local não ter liberação formal para atuar na educação infantil está sendo averiguado.

Além disso, o MP também investigará a suspeita de que o Poder Público municipal sabia do funcionamento irregular da creche e não proibiu a continuidade do local, que atendia crianças há mais de 30 anos.

Comunidade revoltada

Amigos fizeram um abaixo-assinado acreditando na inocência do rapaz

A creche particular que pertencia à mãe do acusado e onde teria acontecido os supostos abusos à menina acabou fechando por conta própria, diante do acontecido. O jovem teria cometido o crime enquanto fazia uma visita para a mãe.

Apesar do teor das denúncias, o que tem gerado revolta na comunidade é o fato do jovem ter sido preso por abuso sexual. Segundo diversos amigos e conhecidos, que chegaram a fazer um abaixo-assinado pedindo a soltura do rapaz, ele está acima de qualquer suspeita no caso.

O documento foi deixado em boa parte dos estabelecimentos comerciais do município e já foi assinado por praticamente metade da população de Presidente Lucena. A alegação é de que o jovem é de família boa, trabalhador e que por mais de 30 anos a família cuidava de crianças sem nunca ter ocorrido qualquer tipo de situação parecida.

Há ainda o boato de que, após o registro do suposto crime, a família teria ido embora do município, fato que não está confirmado oficialmente, mas tem gerado ainda mais desconfiança e comentários entre os munícipes.

Independentemente do abaixo-assinado, o jovem segue sendo apontado pela Polícia Civil como o único suspeito do crime e as próximas diligências deverão definir a culpa ou inocência do rapaz, com o caso sendo entregue ao Judiciário.

Confusão de casos

Outra acusação de estupro foi registrada no último final de semana e tem sido motivo de confusão, já que muitas pessoas têm misturado os casos. O fato em questão trata-se de um descumprimento de medida protetiva de um homem, que teria invadido a casa da ex-companheira que mora com duas crianças, fruto do relacionamento, e um adolescente que seria filho de outro ex-companheiro da mulher.

O ex-padrasto teria descumprido a medida por alegar que o menor estaria tomando banho de piscina pelado na casa e supostamente abusando de uma das crianças. O fato não foi confirmado e os envolvidos foram levados para a DPPA de Novo Hamburgo onde o fato foi registrado. O caso será investigado pela Polícia Civil. É necessário ressaltar que não há nenhuma ligação inicial entre os dois casos.

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