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Um advogado diz que amante agiu por legítima defesa e outro pede absolvição da viúva

16/08/2018 - 16h27min

Atualizada em 17/08/2018 - 09h40min

Dois Irmãos/Herval – Continua em andamento, no Fórum de Dois Irmãos, o julgamento de Cristian Nunez Leal e de Valdirene Martins, acusados de planejar e executar a morte de Claudemir Land, companheiro de Valdirene. Enquanto o promotor público Wilson Grezzana pediu a condenação dos réus por homicídio duplamente qualificado, os advogados apresentam teses diferentes para os dois réus.

LEGÍTIMA DEFESA – O advogado de Cristian, Matheus Gonçalves dos Santos Trindade, usou a tese de legítima defesa. Para ele, o réu matou Claudemir por se sentir ameaçado. “A faca é prova disso, é desespero, não matou com arma, com intenção de enganar ou inventar outro crime. A morte ocorreu na primeira facada, no pescoço, e ele deu as outras 22 achando que Claudemir poderia levantar e lhe matar com tiro (caso estivesse com sua arma), pois Valdirene disse que o marido tinha comprado uma arma. Claudemir tinha sentimento de posse sobre a esposa, a mulher era dele e Cristian sabia que algo iria acontecer. É inegável que eles (réus) tiveram um caso. É inegável que estavam apaixonados, assim como é inegável que Claudemir teve atitudes que levaram a pensar na legítima defesa. Não foi um crime só por amor a Valdirene, foi também por amor a própria vida”.

NÃO MANDOU MATAR – O defensor de Valdirene, Marcelo Candiaro, negou que ela combinou e planejou a morte do marido. Para ele, o erro dela foi se envolver com Cristian, mas em nenhum momento ela quis se separar do marido. “Claudemir era um homem trabalhador e havia perdoado a traição, tanto que estavam juntos. Ele (Cristian) foi o bandido que tirou a vida de uma pessoa de bem por sentimento de posse. Ele queria Valdirene para ele. Não há provas de que ela matou e combinou matar o marido. Ele (Cristian), sim, era presidiário e deveria estar cumprido pena em casa e não matando na rua. Se Valdirene tivesse se envolvido com um agricultor, a história não teria tido esse desfecho. Ela não planejou e matou matar o marido”, disse ele, pedindo absolvição da ré.

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