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Coluna Estância Velha

Os dois lados de uma mesma situação

26/11/2018 - 11h00min

Atualizada em 26/11/2018 - 11h17min

Estive conversando com o Jorge Flores do projeto de escolinha de futebol do bairro das Rosas. Meninos que estão fazendo aquilo que amam: jogar futebol. Já havia ouvido falar do projeto, é verdade, mas conheci mesmo quando os pequenos atletas passaram em um local onde eu estava vendendo uma rifa. O dinheiro arrecadado tem como destino ajudar os meninos a participar de um torneio. Uma parte de mim ficou orgulhoso. Os meninos aprendendo desde cedo a lutar para poder fazer aquilo que gostam, no entanto, por outro lado, temos que nos entristecer por conta da falta de incentivo. O projeto os tira das ruas, os faz ir para o lado do esporte e, mesmo assim, eles precisam sair na rua vendendo rifas para poder continuar jogando futebol. Ainda estamos longe de sermos melhores, de fazermos um país melhor, mas espero que o caminho não continue sendo assim tão tortuoso.

FALANDO NISSO

Eu não gosto de fazer críticas diretas e, ok, está talvez não seja uma delas, mas sim um questionamento. Foi aprovado um repasse de R$ 70 mil ao CDL. Não questiono a importância da promoção de Natal e de como ela ajuda a economia municipal, tampouco sou ignorante ao ponto de dizer que este valor poderia ser investido em outra coisa, afinal, as verbas têm rubricas e são utilizadas em pontos específicos, sei disso. Dito isso, no entanto, é bom que a gente lembre que ainda assim, há diversas áreas precisando de incentivo na cidade, gente que não tem de onde tirar verba para tocar projetos. Elencar prioridades é o que a cidade faz, estou ciente disso. Porém, devemos entender que não é legal, depois que alguém ganha um prêmio ou vence um campeonato, vir fazer homenagem ou tirar foto junto quando, no momento de necessidade, ninguém se propôs a ajudar. É bom pensar nisso.

O BARULHO

Projeto da vereadora Márcia Ribeiro visa proibir os foguetes e fogos de artifício com barulho dentro da cidade de Estância Velha. A exemplo de diversas outras cidades do país a ideia é proteger animais e pessoas com autismo, que acabam por serem muito afetadas por conta destes estampidos e barulhos. Houve muitas críticas vindas de todos os lugares por conta deste projeto, mas a verdade é: a beleza dos fogos não é o seu barulho ensurdecedor e irritante, vamos ser sinceros. Ninguém vai a Florianópolis ou Copacabana para ouvir o barulho dos fogos, se vai para ver o brilho, as cores, então por qual motivo é tão ruim proibir o uso de artefatos sem estampido? Animais têm a audição mais aguçada e ela é atingida por causa do som. Pessoas com autismo acabam tendo crises e se assustando por conta do barulho. Não deveria ser uma discussão esse tipo de projeto, é questão de humanidade, na realidade.

BOLÃO DE CASAIS

União. Confraternização. A final do campeonato de bolão de casais passou pela Sociedade de Canto União e recebeu diversas cidades. Não foi só o jogo, foi a convivência e o intercâmbio. Por mais momentos assim na cidade.

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