Vovôfit:

Raul Petry – colunistas@odiario.net

Neste fim de semana, a caminhada foi até um lugar quase que único e duplamente emocionante. Trata-se da Pedra do Silêncio e do Malakoff, duas montanhas quase únicas na região. São acessíveis mas não é fácil. Saímos de Linha Brasil, fomos para Linha Brasil Fundos e nos encaminhamos até a Pedra do Silêncio. De repente, lá no alto se vislumbra uma montanha que é um rochedo só. Vegetação somente lá em cima. Nosso propósito nem era subir até lá. Tomamos a decisão quando chegamos onde as trilhas indicavam o caminho. Antes, porém, a paisagem até chegar na Pedra do Silêncio, era variada e bonita. Montanhas e montanhas se descortinavam à nossa frente, uma paisagem de tirar o fôlego e às vezes parar para contemplar o que a natureza nos oferece. O trajeto iniciou com asfalto, continuou por uma estrada larga e bem conservada, que foi se afunilando até a Pedra do Silêncio.

Sábado foi o Dia Mundial do Meio Ambiente. Quem vende a imagem do bem-estar, de uma vida saudável, com exercícios físicos os mais variados, de preferência junto a natureza, não podia deixar passar despercebido uma data tão significativa para a humanidade. Muito se falou nas últimas décadas, da destruição do meio ambiente pelo homem. Já foi mais grave, mas nos dias atuais a consciência do problema nos leva a ter uma vida cada vez melhor para nós mesmos e o próprio planeta. A consciência ambiental existe, mas o desafio não está plenamente vencido. Nos países ricos como a Alemanha, rios passam no meio de cidades e a água é límpida e transparente. Aqui ainda não chegamos lá. Vovôfit caminhou sábado e levou um saco vazio junto para recolher o lixo no trajeto em alusão ao Dia do Meio Ambiente.

Não se sabia se o saco ia encher ou não, mesmo porque o trajeto em Nova Petrópolis não era muito longo e a consciência ambiental na serra é maior. Pois não é que encheu! Logo de saída, ainda na zona urbana de Linha Brasil, embalagens de marmitas foram encontradas do lado da estrada. Em 12 quilômetros o saco encheu de latões de cerveja, garrafinhas de refrigerante, pedaços de plástico, copos de plástico, de tudo um pouco. Fui juntando tudo e o peso do saco cheio de lixo devia ter dado uns 3 a 4 quilos. Não é fácil carregar por uma distância tão grande um peso excedente desses. No entanto, o desafio de fazer algo pela natureza foi maior. Não adianta o homem ter uma vida saudável se a natureza segue padecendo. É verdade que diminuiu mas o lixo jogado fora pelo homem continua sendo uma praga.

Mais ou menos 3 kg de lixo recolhidos em caminhada