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Coluna Dois Irmãos

A bela história dos idos de 1950 do esporte em Dois Irmãos. E as gerações futuras, fariam isso de novo?

20/03/2019 - 11h00min

– Hoje alguns falam em ‘Nutella x raiz”, outros acham que gramado com roseta era para os fortes… Mas você já levou uma ferroada de abelha no olho e continuou em campo?
– Pois é, hoje vamos abrir espaço para nossa história, dando ênfase à parte esportiva. Aliás, as sociedades e clubes, por aqui, não são apenas um assunto esportivo ou de lazer, é muito mais do que isso! A foto é inédita e traz uma bonita história consigo…

Time que precedeu a fundação do União e que jogava no campo do Tiradentes, que precedeu o 7 de Setembro (Créditos: Vitor Kordorfer/Arq. Pessoal)

– Em resumo: a foto é do 11 Amigos (que não é exatamente o mesmo 11 Amigos do Vale Direito) no campo do Tiradentes, que era onde hoje é a Baixada Setembrina. Repare que estamos falando nos idos de 1950 (e poucos), tempos antes de serem fundados o União, o 7 e o Vila…
– Aliás, o 7 é de 56 (7/9), o União é de 57 (2/2) e o Vila, de 57 (5/4). Pois bem: este time da imagem não tinha nome, então, era chamado por eles mesmos de “11 Amigos”, que revezava seus jogos no campo do Tiradentes, com um time que mais tarde veio a ser o nosso 7 de Setembro. Cada domingo jogava um…

CURIOSIDADES

– Em um dado momento, estes 11 amigos decidiram que tinham que acabar com o revezamento. Veja bem: faltava campo, sobrava jogadores. Hoje, sobram campos e faltam jogadores.
– Voltando à história: então, reunidos no saudoso Armazém Holler decidiram construir seu campo. E este novo campo foi construído em um potreiro próximo onde hoje é o Parque Antárctica, o campo do União. Foi a partir daí que nasceu o União, time forte e histórico que aí está.
– Que história bonita! Quem tiver algo a acrescentar, retificar ou ratificar, nos procure… aliás, eis algumas curiosidades…
– O primeiro amistoso do 11 Amigos foi contra um time de Ivoti. Todos estavam de pés descalços. Chuteira era para poucos (ou melhor, para ninguém)!
– Se você reparar na foto, tem um rapaz com olho fechado. É o Vitor Kordorfer, assinante que nos concedeu a entrevista, o qual tinha sido ferroado no rosto: “Naquela época, tinha muita abelha no campo”.
– Por fim, a escalação: Ernesto Skonetsky, Seno Mainer, Egon Mainer, Guido Müller, Werno Haack, goleiro Waldo Müller; Alvício Hentz, Selvinio Lemmertz, Vitor Kordorfer, Romeo Hentz e Hugo Haack. Otto Lemmertz foi o 1º presidente.

HOLLER

Agora que o Armazém Scholles fechou as portas, fico imaginando este nosso passado que tanta curiosidade desperta, de como eram os finais de tarde no saudoso Armazém Holler, quais as conversas, como era o ambiente interno… Devia ser “o point”, ou o que a Atiradores e a Cancha do Santa foram tempos atrás (e ainda são?). Em cidades maiores, os cafés exercem esta função! E hoje, em Dois Irmãos, onde será que as pessoas, os esportistas, os líderes comunitários se reúnem para conversar assuntos da comunidade ou do esporte?

RÁPIDAS

Sem mais por hoje! Apenas a mensagem positiva do dia, que “fecha” com este assunto histórico, com uma frase que tem tudo a ver para a nossa e às gerações vindouras. “A única coisa que existe entre você e o seu objetivo é esse papo-furado que você repete para si mesmo sobre o porquê de não poder alcançá-lo”, a frase é de Jordan Belfort, autor do livro que inspirou o filme “O Lobo de Wall Street”. Dando o reconhecimento público a estes ancestrais, pergunto: será que hoje, estas gerações, teriam capacidade e coragem de construir tudo o que os antigos construíram? Doar terras e trabalhar para construir sociedades, estádios, escolas, campos, igrejas…

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