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Coluna Nova Petrópolis

A calma parecia ter voltado à saúde municipal…

08/04/2019 - 11h00min

Atualizada em 08/04/2019 - 11h20min

Tudo parecia estar caminhando para a tranquilidade na saúde municipal. Até a semana passada, quando duas enfermeiras de postos de saúde foram transferidas. Uma que estava na Vila Germânia foi transferida para o Vale Verde a partir da sexta-feira 5. E a partir de hoje, dia 8, uma enfermeira do Vale Verde passa a trabalhar na Vila Germânia. Houve protesto com cartazes, balões pretos e um abaixo-assinado contra as transferências. Na documentação consta que as remoções “atendem aos interesses da administração pública municipal”. Em circunstâncias normais, qualquer funcionário pode ser transferido de lugar pelo seu chefe. Obviamente, a prerrogativa vale também para o serviço público. O que chama a atenção neste caso são justamente as circunstâncias, que não são normais. As transferências acontecem algumas semanas depois da grande polêmica envolvendo o transporte dos funcionários até as unidades de saúde dos bairros e do interior. Coincidência ou não, as duas enfermeiras agora transferidas estavam envolvidas naqueles protestos de semanas atrás. Forneceu-se um argumento para quem quer falar em perseguição. A administração deve ter os seus motivos para essa troca. Mas será que compensou ter comprado mais esta briga? Paz é um artigo em falta na saúde municipal.

BRONCA BEM PARECIDA

Aliás, a situação de agora, envolvendo as duas transferências, é muito parecida com o próprio corte do transporte, no início do ano. Primeiro a administração municipal disse que a retirada do transporte para as equipes de saúde dos bairros e do interior era algo muito difícil por causa da logística. Pouco tempo depois, o surpreendente anúncio do corte. Também é o tipo de decisão que cabe a um chefe. Mas o detalhe que torna os casos parecidos: a decisão sobre o corte do transporte foi anunciada um dia útil depois da votação do cálculo da insalubridade na Câmara, no qual funcionários da saúde protestaram contra a administração.

NINHO DAS ÁGUIAS

A Prefeitura respondeu a um pedido de informações do vereador João Paulo Viana (Ceará – PSB) sobre receitas e despesas do Ninho das Águias. Conforme o ofício, de outubro de 2018 a fevereiro de 2019 a bilheteria do atrativo gerou receita de R$ 200.535,00. Despesas com material de segurança, blocos de ingressos, serviços de segurança, limpeza, chaveiro, luz, água, sonorização e apresentações musicais totalizam R$ 106.110,77. Um balanço bastante satisfatório. O ideal seria que o “lucro”, ou pelo menos parte dele, fosse reinvestido no próprio atrativo turístico. Um tema para os vereadores.

INTRANSITÁVEL

É quase inacreditável a situação da “obra” do asfaltamento da Rua dos Imigrantes, em Linha Olinda. Uma estrada com uma obra inacabada e que, com suas centenas de crateras, tornou-se praticamente intransitável nos últimos dias com a chuva. O que falta para a continuação dos trabalhos é a liberação de uma verba no Daer. Há duas semanas o vereador Nei Schneider (PSDB) trouxe a informação de que o dinheiro até estaria disponível, mas que faltaria a Prefeitura enviar documentos a Porto Alegre. Daniel Michaelsen (MDB), bastante envolvido com a obra, negou o fato e disse que não é a primeira vez que o Daer cobra o envio de documentos que já estão em seu poder.

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