A rótula na BR-116 talvez seja a obra mais importante de Morro Reuter da história recente

Muitos estão se perguntando como a prefeita Carla conseguiu a rótula na BR-116 com o Dnit, em tão pouco tempo. Mas acho que não é hora de ficar com dor de cotovelo, mas, sim, torcer pela obra, até porque o Dnit não está fazendo obra alguma no Estado. Inclusive vai ter uma caravana de políticos gaúchos indo a Brasília pressionar pela continuidade da BR-116 entre a capital e Pelotas.
Talvez o Dnit nem vá investir muita grana ali na BR-116, pois dinheiro ele nem tem, mas só o fato de liberar a obra e deixar que seja feita até o final, já vale muito.

FAÇANHA

Com certeza, foi uma façanha o fato de Morro conseguir esta rótula! Talvez para esta obra (como aquele asfalto entre Herval é Boa Vista), seja difícil apontar o “pai (ou mãe) da obra”, pois vários lutaram, mas não podemos deixar de mencionar e parabenizar à prefeita Carla, o vice Airton (que já se mobilizava enquanto vereador), o ex-deputado Marcel e todos os que colaboraram ao longo dos anos, inclusive do MDB. E acho que na inauguração da rótula (vamos rezar e cobrar para ela seguir até o fim) que todos estejam lá para aparecer na foto!

PAPAGAIO

– Nestas horas, o que não falta é papagaio de pirata, aqueles que só querem aparecer nas fotos. Agora é fácil, mas na hora do problema, todos somem e empurram a desgraça para o colo dos outros.
– Quer ver outro caso que um dia vai ter um monte de político querendo ser pai da obra? É o acostamento em São José do Herval. Desde que a VRS foi concluída há 15 anos, todo mundo diz que precisa acostamento lá. Mas na hora de fazer o que a Carla e Airton fizeram neste caso da BR-116, a maioria sempre lavou as mãos e jogou a culpa para o Daer. Quer apostar que o dia que a obra for feita, seja por influência do Caçamba, da Carla, ou de algum morador ou político, vai ter outros dez querendo ser padrinho?

CURIOSO

– Tenho lido algumas atas da sessão e acho algumas coisas engraçadas. Parece até que voltamos ao ano de 2000, mas, é curioso que os políticos de agora nem iam às sessões naquela época. Como pode?
– Um exemplo? O vereador Pitcha que me desculpe, preciso citar uma fala dele. Foi mais ou menos assim: “Então deixo meus parabéns ao vice-prefeito Airton e a todos os envolvidos nessa questão (a rótula na BR-116)”. Desculpe a brincadeira, mas é igual aquela do time campeão com gol de cabeça, mas o técnico elogiou o jogador que levantou a bola na área e esqueceu de quem cabeceou para as redes. Airton tem razão de ser citado, assim como outros, mas ir à tribuna e fazer questão de não citar a prefeita mostra que está magoado com ela. Será que é pelo mesmo motivo que saiu do PMDB brigado com Harri e Adair?
– Se em outra ata o discurso dele foi diferente, que me desculpe. Ou se ele se enganou, tudo certo, até abro espaço para ele. Aliás, Pitcha tem lutado por certas causas e merece ser reconhecido por isso (estamos dando espaço gratuito para ele, inclusive), mas nesta aí ficou estranho!
– Aliás, deu boa repercussão a coluna da semana passada, em que falamos que, na política do Morro é difícil agradar a gregos e troianos. Se um texto tem duas linhas, é capaz de cada lado da política gostar de uma linha e que a outra é perseguição. Aliás, um leitor das antigas resumiu bem o assunto: “é por isso que o Morro ainda está deste jeito”, se referindo ao fato de que mudam os políticos, mas o tipo de “política que puxa para baixo” (como ele disse) continua passando de uma mão para outra…