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Acerto na escolha do novo prefeito Martin Kalkmann para a Prefeitura de Ivoti

21/03/2018 - 11h00min

Atualizada em 21/03/2018 - 13h14min

Em apenas três meses está comprovado o acerto na escolha do novo prefeito Martin Kalkmann para a Prefeitura de Ivoti. Penso que todo mundo torce por ele como se fosse seu time de futebol. Só quem não tem noção do atraso de Ivoti poderia não torcer pelo novo prefeito. Num regime presidencialista como o nosso, o poder se concentra muito na figura do presidente da República, governador e no prefeito. Na prática, o poder mesmo está nas casas legislativas, mas como elas são, muitas vezes, apenas decorativas e em nada contribuem para o bem de uma coletividade, temos que nos agarrar no chefe do Executivo como um náufrago se agarra com unhas e dentes onde pode. Infelizmente, nossa situação foi essa quando Martin assumiu dia 15 de dezembro do ano passado. Sou capaz de apostar que em 3 anos ele fará infinitas vezes mais coisas boas por Ivoti do que os três últimos com passagem pela Prefeitura. Sinceramente, os três últimos ficaram só olhando o bonde passar. O cavalo encilhado muitas vezes passou na sua frente e não montaram ele. Cada qual com suas idiossincrasias, muito pouco contribuíram para o progresso de Ivoti. Senão, como se explica que o PIB foi caindo aos poucos e nenhum deles demonstrou qualquer preocupação com esta dura realidade. Hoje, as pessoas que voltam de Dois Irmãos só enaltecem o crescimento do município vizinho e levam um choque quando chegam de volta aqui.

INIMIGOS

O novo prefeito demonstrou em três meses virtudes que muitos não conheciam. Ele é enérgico, rápido no gatilho e administra sem firulas. Se não agrada, é capaz de demitir um daqueles intocáveis nas administrações anteriores. O que vale é a meritocracia. É evidente que não dá para aplicá-la no grau da iniciativa privada. Todavia, dá para chegar pelo menos perto disso. Martin normalmente levaria três meses para se achar no cipoal de encrencas que encontrou pela frente. Pelo contrário, conhece muito a administração. Ele tem a vantagem de ter sido secretário da Saúde, onde já havia dado uma amostra de como sabe administrar. Tomar pé da situação no restante da administração foi um processo rápido com a bagagem que ele tinha. Também havia trabalhado no Desporto por oito anos. Portanto, viveu a coisa por dentro e ninguém precisou vir contar a ele muitas coisas que já sabia. O que ele provavelmente desconhecia mais era o fato de ter hoje muitos burocratas habitando as dependências do município que acham que estão em Brasília ou no resto do Brasil podre. Esses aí têm que ter o devido tratamento. Nem contra, tampouco a favor. O que não se justifica é o que aconteceu no ano passado, quando literalmente destruíram a autarquia debaixo dos olhos dos prefeitos. Por isso, chego à conclusão que órgão público é órgão público, não importa aonde. Lá fora é bem mais grave que aqui a ação deletéria do corporativismo e da roubalheira. Guardadas as devidas proporções, aqui não é muito diferente.

VIRTUDES

O novo prefeito tem todos os predicados que almejamos num homem público reto, íntegro e administrador. Acima de tudo, tem que saber administrar. Saber fazer contas. Olhar para o povo em vez de se fechar dentro da própria Prefeitura. Os votos foram colhidos fora e não dá para dar as costas depois. No ano passado, para uma inflação de 6,29%, os servidores de Ivoti, que já são bem remunerados, receberam um aumento de 7,32%. Portanto, acima da inflação, com o município em sérias dificuldades financeiras e aqui foram muitas empresas fechando as portas. Este gesto, por si só, mostra porque estamos onde estamos. Martin tem a virtude de conhecer a máquina e saber decidir com sua própria cabeça. Ele não vai deixar se levar por qualquer um e achar que está fazendo o bem, na verdade, estava fazendo o contrário.

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