Aquelas oportunidades de viver pela generosidade

Cerillo recebeu uma nova oportunidade. Dois anos atrás ele recebia um novo coração vindo de uma pessoa que acabava de perder sua vida. Doação de órgãos. Em pleno 2018 é um grande tabu. Famílias impedem a doação pelos motivos mais diversos. Seja por religião, seja por tristeza extrema, mas quando alguém, quando uma família tem a generosidade e a bondade de olhar para além da dor e permitir que vidas sejam salvas após perdas irreparáveis, vemos que a humanidade não está perdida. Existe amor e empatia. O moço que doou o coração para Cerillo salvou a vida de mais algumas pessoas – todos os órgãos utilizáveis foram doados. Ele não morreu, pelo menos não de uma forma filosófica, ele vive dentro de cada pessoa cuja vida pôde continuar a partir do ato da família de autorizar a doação.

COMO RESOLVE?

Na quinta-feira estive em uma rua da cidade após ser chamado por um morador. O problema era uma tampa sobre um bueiro que foi mal colocada e apresentava risco para os moradores e para quem passava pelo local. Porém, em questão de minutos entre o chamado e chegar na rua, uma equipe da Prefeitura já estava lá resolvendo o problema. Se foi algo que já estava planejado e, de qualquer maneira, iriam realizar – como os funcionários falaram – ou se foi após o “escândalo” do morador, não há como saber. O ponto aqui é mais sobre a realização das coisas. Sabemos que existem diversos motivos para determinados serviços atrasarem ou, até mesmo, deixarem de ser feitos e sabemos que sim, muitas vezes, é necessário um escândalo de moradores e a mídia intervindo para que algo aconteça – falo não só por Estância, mas pelo mundo. Não dá para isso acontecer, é necessário mais atenção à população.

E O LIXO?

Eu falei sobre entulhos, sofás e terrenos na coluna da sexta-feira. Fui até uma rua no Rincão dos Ilhéus, cujos moradores reclamaram da falta de cuidado de um terceiro que deixa lixo por todo o canto e não se importa com os demais. A reclamação é contra a Prefeitura também, por conta do descuido e por ignorar o problema – mesmo após os protocolos serem abertos. Eu não vou bater nessa tecla novamente, sabemos que eu ando falando nela demais ultimamente, mas é importante analisar algumas coisas sobre essas questões. Primeiro: seu direito começa onde o do outro termina, sim, porém, é correto também que algumas questões precisam ser bem pensadas antes de serem analisadas. Segundo: Prefeitura tem obrigação, não é favor. Fez protocolo, problema deve ser resolvido.

VEM AÍ!

Sábado tem Estância Moto Show. Momento de curtir a cidade cheia, o lazer, a música e as atrações. Momento também de cuidar da cidade. A semana passada começou com a sujeira de quem frequentou o Centro durante o final de semana, pois bem, a Praça estará ainda mais cheia, então é hora de fazermos nossa parte e cuidarmos do lugar onde moramos. Os visitantes vão embora, mas nós continuamos aqui. Lembrem-se disso.