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Chama a atenção o número de mortos no trânsito neste feriadão da Páscoa

22/04/2019 - 11h00min

Atualizada em 22/04/2019 - 11h27min

É que a redução foi muito grande. Há cinco anos atrás 15 mortos no trânsito era a média num fim de semana normal. Agora o número chama a atenção porque não estávamos mais acostumados. Que notícia boa esta do trânsito e podem ter certeza de que não tem nada a ver com a indústria das multas. Os pardais caça-níqueis continuam instalados e infernizando a vida das pessoas. O que leva a redução do número de mortos é o endurecimento da legislação no trânsito. A instalação de pardais muitas vezes no meio do mato existem apenas para enriquecer alguns. Podem ter certeza, que um pardal dependendo onde estiver instalado, enriquece muita gente, desde autoridades do trânsito cujos chefes são políticos de plantão até as empresas que instalam os equipamentos e os operacionalizam.

METADE

Estamos esperando a promessa do presidente da República. Bolsonaro prometeu acabar com a indústria da multa nas estradas brasileiras e com as placas do Mercosul. As duas coisas só servem para enriquecer alguns poucos. A mesma coisa aconteceu com aqueles famigerados kits que todos os veículos tinham que portar e que foram para o espaço depois que a população se revoltou contra as medidas. Manter um carro no Brasil é mais caro do que manter uma família. É taxa pra tudo que é lado. Até 1980 não havia nada disso. O IPVA foi criado na década de 90 para o Estado ter dinheiro para manter e construir estradas novas. Tem que rir para não chorar. Em outros países ninguém sabe o que é IPVA. Aqui, além dos impostos na faixa de 50%, você paga por ano de 3 a 5% do valor do carro de impostos que chamam pela sigla IPVA. Em 10 anos você paga a metade do valor do carro só em IPVA.

PROMESSA

Voltando a promessa de Bolsonaro para acabar a indústria da multa e com as placas do Mercosul. Já escrevi aqui várias vezes que esta placa do Mercosul é uma das coisas mais ridículas que já vi. Temos que andar no Brasil inteiro com uma placa onde está escrito Brasil. Parem e pensem comigo. Faz sentido isso? Porque não deixar o nome da cidade. Se a desculpa é a limitação para emplacar todos os carros (a previsão era de que o limite chegaria lá por 2030) bastaria incluir um número ou letra. Num país de assaltos era comum as pessoas olhar as placas dos carros para saber de que cidade eram.

INTERIOR

Numa ocasião um cidadão do interior, identificou placas de carros de 45 cidades diferentes que estavam na festa. Outro dia na Arena do Grêmio as placas dos carros que lá estavam as vezes eram dos mais longínquos rincões do Estado. Até para isto as placas com o nome da cidade eram simpáticas. E quando aparecia um carro com placa de cidade que não fosse das cercanias, toda a população fica atenta. Agora as placas tem o nome do país, o Brasil. Não dá para engolir um desaforo desses. Opinão é opinião, a minha é esta. Pesquisa feita no Rio de Janeiro, onde a placa também já foi lançada, dá conta que 82% da população é a favor da manutenção das placas atuais e não vêem nenhum motivo para mudar. Presidente Bolsonaro. Acabe o quanto antes com esta medida ridícula de mudar a placa dos carros.

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