Começo de Conversa: Giovana Knorst, um símbolo de revolução da mulher no campo

Por Cleiton Zimer

Agricultora

Recentemente fiz uma reportagem com a jovem empreendedora de Morro Reuter, Giovana Knorst, 19 anos. Ela apostou no meio agrícola, levando adiante o que a família constituiu através de gerações e, ao mesmo tempo, inovou com um sistema diferenciado de feira, levando alimentos saudáveis e sem agrotóxicos para a casa dos clientes sem nenhum tipo de contato físico. É tudo pelo telefone. A maioria dos clientes é daqui, de Dois Irmãos.

Repercussão

A reportagem no site repercutiu na revista O Presente Rural, de Marechal Cândido Rondon, no Paraná. E, a de vídeo, também foi publicada nas redes sociais pelo Jornal Dois Irmãos, além de outros sites. Giovana é um exemplo de visão empreendedora, por seguir em um caminho nada fácil, mas essencial para todos nós; afinal, a valorização aos produtos naturais está sendo cada vez mais pontuada e produzir dessa forma é muito mais difícil.

Uma marca

A jovem é símbolo de uma revolução. Sim, ela evidencia que lugar de mulher é onde ela quiser, de fato. Digo isso porquê, na reportagem, uma mulher, F. V., comentou dizendo que “há 15 anos eu não consegui nem informações de órgãos do governo, pois eu e minha irmã procuramos ajuda para poder produzir e não conseguimos, tinha que constar o nome do marido junto”.

Dito isso, podemos afirmar que as mulheres conquistaram o seu espaço e não foi graças aos homens, foi através do próprio esforço delas. Parabéns Giovana, parabéns a todas as mulheres empreendedoras e, em especial, às agricultoras. Precisamos muito de vocês e do alimento que produzem.

Fechando o cerco

Em menos de um mês a Polícia Civil de Dois Irmãos prendeu seis pessoas associadas ao tráfico de drogas na cidade, que provavelmente têm ramificações na região. Parabéns aos agentes, coordenados pelo delegado Borba. É um trabalho extremamente importante, pois é a partir do uso de entorpecentes que diversos outros delitos acabam se desencadeando.

Reabertura

A partir de segunda-feira os comércios e atividades considerados “não essenciais” pelo decreto poderão voltar a abrir as portas, claro, com restrições. É um alívio para os empreendedores e toda a sociedade que precisa trabalhar para garantir sua integridade.

Fiscalização

Liberar as atividades econômicas não significa que podemos afrouxar as medidas de segurança, porquê aí sim, vamos cada vez mais ladeira abaixo. Sugiro às autoridades que intensifiquem a fiscalização ao que acontece à margem, às escondidas, nos becos e festas clandestinas. Não vamos cometer o mesmo erro, porque não há mais como pagar o preço pelas atitudes dos inconsequentes que fazem questão de exagerar no desnecessário.

Nenhuma atividade econômica pode ficar de portas fechadas. Não é justo os empreendedores terem que pagar pelo comportamento inadequado dos outros. E esse comportamento não vai mudar, não mesmo. Por isso cabe às autoridades a obrigação de fiscalizar, assim como é obrigação se mexer mais quanto às vacinas porque está indo a passos de tartaruga, literalmente.