Coluna Dois Irmãos

Começo de Conversa: Que as prisões que a Brigada Militar e a Polícia Civil não sirvam só para enxugar gelo

08/04/2021 - 08h12min

Por Cleiton Zimer

Enxugando gelo?

Há alguns dias a Brigada Militar deteve um sujeito que já havia sido preso pela Polícia Civil, após árdua investigação, e que tinha sido solto pela Justiça mesmo tendo confessado a subtração de nove bicicletas. Fazia isso, de acordo com ele, para comprar crack. Solto, continuou com a bandidagem.

Ele está preso agora. Esperamos que não volte tão cedo para o convívio social. Parabéns para a polícia que tanto se dedica em prol da segurança. Esperamos que a Justiça compreenda melhor o esforço da BM e PC, que se colocam à frente da população para tentar protegê-la.

O papel do Judiciário é de importância extrema para que os policiais não tenham que ficar enxugando gelo. “Ah, mas ninguém fica preso por furtar bicicleta”. Não? O cara furtou nove bicicletas, até onde se sabe. E, agora, já apareceram diversos outros crimes, vários outros itens furtados por ele. Um sujeito assim precisa ficar atrás das grades.

Talvez isso não seja considerado grave o suficiente pelas leis. Mas é grave para quem precisa suar para conquistar suas coisas e, do dia para noite, tem sua casa arrombada e furtada. Insegurança. Isso não pode acontecer. É fácil demais ser bandido nesse País. Sorte que temos a polícia, porquê, no restante, estamos debilitados.

É um fluxo vicioso, que envolve vários critérios e sei disso. Mas o fato é que quem saí perdendo sempre é o trabalhador.

Não faça parte

E por que eles furtam? Porque tem os que compram. É importante lembrar que, ao adquirir um produto que está extremamente fora do preço normal, certamente se está contribuindo para o crime e, sim, se está com as mãos sujas.

Dinheiro para a fiscalização

Leite deve liberar R$ 4,4 milhões para investimento em fiscalização nos municípios. O anúncio foi polêmico. O prefeito de Dois Irmãos, Jerri, defende que há outras prioridades.

De fato. Faltam leitos, não somente para casos de Covid, mas muitas outras doenças. Faltam vacinas. Falta de tudo.

Entretanto mais de um ano se passou e regredimos enquanto sociedade. Não aprendemos. Continuamos a minimizar, tentando achar culpados, mas sem assumir a responsabilidade. Só percebemos quando o caixão de alguém querido vem, lacrado.

Não é tempo de apontar dedos, criar discórdia. Todos temos que assumir a responsabilidade e não é o que está acontecendo. É só olhar em volta, os exemplos são muitos. Os resultados estão nos obituários.

Ações para conter aglomerações indiscriminadas deveriam ser adotadas muito, mas muito antes. Agora, já é tarde. O povo está descrente, cansado. E não é só isso. É preciso trabalhar e muitos dependem da movimentação de público. Um ano se passou e não temos nada concreto. Estamos andando às cegas e por culpa de todos nós.

Velocidade

Surpreende a imprudência na BR-116, principalmente aos finais de semana. Carros e motos abusam da velocidade principalmente em trechos de “mais reta”. Famílias estão inseguras ao transitar na via. Seria muito bom ver a PRF mais por esses lados, para garantir a segurança.

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