Coluna Dois Irmãos
Tem emprego em Dois Irmãos, só não trabalha quem não quer e quem quer escolher muito a vaga para trabalhar
Começo de conversa
Dois Irmãos
Mauri Marcelo Toni Dandel
EMPREGO
Uma construtora de edifícios está com falta de candidatos às vagas de emprego em uma cidade vizinha. Em outro município, uma empresa precisa de motoristas de caminhão e não acha de jeito nenhum. Uma metalúrgica de Sapiranga precisa de mecânicos com urgência. A Nutrifrango, na Picada São Paulo, tem vagas abertas em duas ou três funções diferentes.
APENAS PROFISSIONAIS?
Já sei, você deve estar pensando: ah, mas só tem emprego para caminhoneiro, para mecânico e para quem tem profissão. Não! Vai ver se a mesma empresa que precisa de motorista de caminhão, se ela não precisa de ajudante (sem experiência)! Vai ver se não faltam auxiliares em salões de beleza, se não faltam vendedores de rua…
Tem emprego para todo mundo. Só querer trabalhar e não escolher muito, que vaga tem. Aliás…
UMA VERDADE
Este pleno emprego, com tantas vagas que temos, além do reflexo da economia, também é o reflexo de outra coisa. Anota aí para discordar e discutir comigo! Acredito que muita gente não quer trabalhar em fins de semana, outros não querem trabalhar com vendas, outros não querem o tal “trabalho de rua” (vendedor e tal), outros só querem trabalhar no ar condicionado e por aí vai. Isso não é uma crítica a ninguém, cada um é dono do seu nariz, então, cada qual escolhe onde quer trabalhar. Mas, desta forma, falta gente para algumas vagas e sobra emprego.
“MEIA COLHER”
Tanto é verdade, que não é só para o profissional, com várias décadas de experiência no ramo, que tem vaga. Dias atrás, vi no Classificados do Diário uma construtora solicitando contratação imediata de pedreiros e também “meia colher”, ou seja, até para aquele “pedreiro que não é de mão cheia” tem vaga…
DELIVERY
Se você comprar uma moto hoje, pagar seu MEI e trabalhar com delivery, pode apostar que em dois meses vai movimentar de R$ 4mil a R$ 5 mil mensais! Você não precisa de experiência, só precisa ter CNH para moto e ter vontade trabalhar de dia, de noite ou final de semana. Felizmente, o pleno emprego é em todo o Rio Grande e em parte do Brasil também.
NÃO FICAR PARADO
– E tem outra coisa que gostaria de frisar: há 50 anos, como as cidades eram essencialmente agrícolas, as opções não eram muitas: ou você era dono da terra ou era o peão (bóia fria) ou você era o dono da casa ou era a diarista.
– E eram poucas ou raras opções de emprego.
– O que mudou de lá para cá? Tudo!
– Você pode “inventar” sua profissão, se você for criativo, você arruma “um trampo” aqui, outro ali e por aí vai.
– Quando digo “inventar” é ver alguém ganhando dinheiro em outra cidade e implantar aqui. Simples!
– Quando alguém enche o saco, a gente diz: “mas vá capinar um terreno”, “vá lascar uma lenha”. Pois bem, tem muita gente ganhando bem capinando terreno e lascando lenha. Duvido que, hoje, uma empresa de jardinagem não esteja cheia de serviço. E, lenha, nem preciso dizer quanto o pessoal faturou vendendo lenha para turistas…
– Ou seja, trabalho e dinheiro não faltam para quem quer trabalhar!
– A mensagem positiva do dia, de autor desconhecido: “Quando você deixa de fazer algo por medo da rejeição, você rejeita a si mesmo”.