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Coluna Dois Irmãos

Uma homenagem as antigas lojas que vendiam fazendas, os tecidos em metro

23/02/2022 - 10h42min

Começo de Conversa
Mauri Marcelo Toni Dandel

FAZENDAS
Você sabe o que é uma fazenda?
Não, não é isso que você está pensando.
Neste contexto, fazenda é o tecido em rolo que sua avó comprava para levar na costureira para fabricar calças, camisas, vestidos…
Hoje precisamos finalizar um assunto iniciado no fim do ano passado, quando falamos das fazendas, os tecidos em metro. Como mencionamos, está fechando as portas a loja do seu Elpídio Sperb, nosso assinante em Nova Renânia, quase na divisa com Gramado. Deve ser uma das últimas desta especialidade. Aqui em Dois Irmãos não sei se ainda existem estas lojas. Talvez apenas as que trabalham no nicho de tecidos e linhas. Mas tínhamos aqui várias, que, pouco a pouco, foram fechando as portas. E, com isso, um importante capítulo da nossa história está indo junto!

OURO PRETO
Então, em novembro passado fizemos uma listinha das lojas que vendiam fazendas. E faltou citar uma, então, vamos acrescentar à lista: a Casa Rausch, que foi uma das primeiras, senão a primeira. Infelizmente, a maioria não existe mais. Então, a listinha consta: Casa Rausch, Ouro Preto, Suely, Colméia, 4 Estações, entre tantas que vendiam ‘fazendas’. É claro que além destas, tinha os armazéns também, mas a maioria não existe mais. Se alguém mais oferece este produto atualmente aqui na cidade, por favor, nos avise.

 

MUITO MAIS
No passado, estas lojas eram muito mais do que lojas que apenas vendiam ‘fazendas’. Elas não vendiam apenas tecidos em rolo, eram muito mais do que isso, pois eram ambientes sociais, tamanha a circulação de pessoas, ali se sabia quem iria casar e assim por diante.

 

CAVASOTTO
Os mais antigos vão lembrar-se da loja Cavasotto. O pessoal da região toda ia para Novo Hamburgo comprar tecidos em rolo. Iam de ônibus, desciam no paradão, aí só atravessavam a rua e estavam ‘dentro da loja’. Era muito famosa, muito tradicional e não apenas para a clientela. Quantas meninas ou moças saíram do interior para trabalhar de balconista e outras funções na antiga Cavasotto? É um importante capítulo da nossa história, com certeza!

 

DEPOIS
Pois bem, depois desta publicação que foi uma homenagem às antigas lojas da cidade, conversei com o Carlinhos Vier e com o Geraldo Kolling. É coisa do Destino, pois na mesma tarde, encontrei os dois em locais diferentes da cidade e adivinhe qual foi o assunto. O vice-prefeito da gestão Romeo Wolf, Carlinhos lembrou também do Armazém Engelmann, por exemplo. Outro local que vendia fazendas era o armazém da Marichen (onde é a Confraria), lembrada pelo Geraldo Kolling.

MUNDO PEQUENO
-Aí na conversa rápida com o Carlinhos sobre este assunto lá em frente a lotérica, quem se aproximou foi o Ricardo Scholl. Olha que mundo pequeno: nos anos 70, o Ricardo é que fazia a contabilidade da loja do Elpídio lá da Nova Renânia.
-Ricardo atualmente está no ramo da construção civil, então seu irmão, Luciano é que fazia a contabilidade da loja Sperb, da Renânia, no fim do ano passado, quando esta conversa aconteceu.
– A riqueza da nossa história é muito grande. E, volto a bater na tecla: estas coisas vão se perder, estas memórias serão apagadas a medida que as pessoas forem falecendo.
– A mensagem positiva do dia: “A vida é uma viagem a três estações: ação, experiência e recordação”, de Julio Camargo.

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