Coluna Estância Velha
Vereadores estancienses reprovaram os próprios aumentos de salário
Ainda sem avaliar se é muito ou pouco, pois alguns valem, outros não, mas infelizmente vota-se o conjunto. A minha justificativa para não concordar com o aumento de salário de vereadores, prefeita, vice-prefeito e secretários é simples. Não é o momento. O município está passando por uma crise financeira, que será agravada com a paralisação do País, por conta da pandemia do Coronavírus. Então parabéns aos vereadores que reprovaram os próprios aumentos, pena que não reprovaram também da prefeita, vice e secretários. E repito, não tem nada a ver com merecer ou não. Trata-se de ter consciência do momento delicado em que vivemos, em que todo esforço deve estar voltado a economicidade.
RECEBEM POUCO
O aumento para prefeita, vice e secretários só foi aprovado porque a vereadora Veridiana Monteiro (PSB) votou a favor, sendo que no projeto do aumento dos vereadores, havia votado contra. O voto da vereadora levou ao empate, sendo decidido a aprovação, com o voto do presidente, vereador Gringo. Na justificativa da vereadora, a defasagem dos salários dos secretários, que na sua opinião, recebem pouco para a função que desempenham.
MANIFESTAÇÕES
Tem muita gente dizendo que o posicionamento dos vereadores foi mera politicagem. A turma do “tá tudo errado”. Eu não compartilho desta opinião. Prefiro pensar que todos que votaram contra, estão conscientes de que o município deve economizar. Os vereadores Márcia Ribeiro, Diego Francisco e Valdeci de Vargas usaram a tribuna para justificar o voto contrário. Os vereadores Carlos Bonne e Veridiana Monteiro, simplesmente levantaram acusando reprovação na votação do projeto. Cada um com a sua estratégia ou convicção. O importante é que foram a maioria. Repito, pena que não reprovaram o outro projeto também. Certamente, neste caso, estes cinco vereadores representaram bem os seus eleitores, que na sua maioria esperava esta atitude deles.
EMPRESA OU TRABALHADOR
O projeto do vereador Lotario Seevald de baixar a obrigação da contratação de trabalhadores estancienses, de 60% para 40%, para receber incentivos da administração, também virou polêmica, mas foi aprovado por maioria. É uma questão muito delicada. Os vereadores Bonne, Márcia e Django, usaram a tribuna e votaram contra, alegando estarem defendendo o trabalhador estanciense. Já o autor do projeto, e o vereador Diego Francisco, disseram que para ter emprego precisa ter empresa no município. Tirem as suas próprias conclusões. O certo é que a partir de agora, a empresa que se instalar no município e quiser receber o incentivo de desconto no IPTU, deverá empregar no mínimo 40% de trabalhadores que residam em Estância Velha, antes o mínimo era de 60%.
CONTINUA
Ligados nas recomendações de prevenção por causa da pandemia do COVID-19, a sessão de ontem foi mais curta, diminuindo o período de contato entre as pessoas. A palavra livre não ocorreu, porém, pelo menos por enquanto, as sessões serão mantidas normalmente.