Coluna Nova Petrópolis
Nova Petrópolis: decreto, decreto 2, pandemia, vacinação, o direito de ir e vir, sem certeza
Raul Petry – colunistas@odiario.net
DECRETO
Sexta-feira foi publicado um decreto municipal que determina a obrigação de comprovar a vacinação contra a Covid-19 para participar de eventos em ambientes fechados, incluindo competições esportivas. Este decreto certamente será considerado um dos maiores acertos da gestão Darlei e Martim. Nova Petrópolis inclusive assume um importante protagonismo regional ao adotar tal medida. A maioria dos municípios acabará fazendo a mesma coisa.
DECRETO 2
Se o evento for oficial do Município e em ambiente aberto, a exigência de vacinação se dará apenas para os expositores, prestadores de serviço e equipe de organização. A exigência de apresentar o comprovante de vacinação entrará em vigor no dia 8 de outubro. Ou seja, há um prazo bem razoável para quem ainda não se vacinou. E tem vacina disponível em todos os postos de saúde.
PANDEMIA
A gravidade da pandemia de Covid-19 já está suficientemente clara para todo mundo. Só não entende quem não quer ou quem é ignorante demais. Também já está muito claro que só a vacinação em massa é capaz de fazer o coronavírus regredir. Não há outro caminho.
VACINAÇÃO
Ninguém é obrigado a tomar a vacina e esse direito com certeza seguirá assegurado a todos os brasileiros. Cerca de 10% da população brasileira se enquadra no perfil de recusa à vacina. Em Nova Petrópolis os números mostram que esse grupo está bem abaixo dos 10%. Ou seja, para a maior parte da população o decreto não vai fazer qualquer diferença.
O DIREITO DE IR E VIR
O direito de ir e vir também segue plenamente assegurado em Nova Petrópolis. O que o decreto da vacina faz é criar um protocolo adicional para determinados eventos. E é sempre bom lembrar que o Estado segue oficialmente em situação de emergência e que a pandemia ainda é uma realidade. Ou seja, os eventos ainda poderiam estar proibidos. Estão liberados, mas a exigência é a vacinação. Vejo como algo muito natural. Quem não quer tomar a vacina pode continuar saindo de casa normalmente. Só precisa abrir mão de frequentar alguns eventos neste momento.
SEM CERTEZA
O único argumento respeitável por parte daqueles que questionam as vacinas é o fato de elas ainda não terem sido suficientemente testadas. Isso faz algum sentido. Estamos nos imunizando com produtos elaborados às pressas, em tempo recorde. Certamente nos próximos anos as vacinas serão muito aprimoradas, com correções para as quais ainda não houve tempo hábil. Por outro lado, estamos em uma pandemia que colocou a humanidade de joelhos em poucas semanas. Em situações assim é preciso fazer escolhas difíceis.