Coluna Nova Petrópolis

Nova Petrópolis: não era acidente, readequação, caindo na real, burocracia, isso não vai mudar

04/06/2021 - 06h05min

Raul Petry – colunistas@odiario.net

 

NÃO ERA ACIDENTE…

Motoristas que passaram pela Av. 15 de Novembro no início da noite da quarta-feira, véspera de feriado, acharam que tinha acontecido um acidente no bairro Pousada da Neve, pois a fila em direção a Gramado já estava na rótula da Galeria do Imigrante. Há relatos de que foram necessários mais de cinco minutos para ir daquela rótula até o Posto Shell. Mas não houve qualquer acidente, apenas os efeitos do primeiro dos quatro quebra-molas que existem adiante, num trecho de apenas 850 metros. Casos como este tendem a se repetir se nada for feito. Tudo bem, aquele primeiro quebra-molas é baixinho e não incomoda tanto. Só que em se tratando de turistas, muitos acabam parando o carro, o que, dependendo do horário, gera uma tranqueira infernal em poucos minutos.

 

READEQUAÇÃO

Alguns vereadores, como Daniel Michaelsen e Claudio Gottschalk, já estão se dando conta de que assim não dá. A EGR precisa ser procurada o quanto antes para que essa coleção de quebra-molas passe por uma readequação.

 

CAINDO NA REAL

A propósito, ultimamente os vereadores estão melhorando a sua noção da realidade. Agora eles se deram conta de que os pedidos de informação que eles enviam ao Executivo todas as semanas são tão comuns quanto qualquer protocolo apresentado por um munícipe no balcão da Prefeitura. A diferença é que os pedidos feitos pelos vereadores ficam tramitando, com votações para lá, votações para cá, discursos, fotos, etc, etc, etc. Possivelmente os pedidos feitos pelos próprios munícipes funcionam muito melhor. Com a diferença de que custam muitíssimo menos, se levarmos em conta o salário dos vereadores.

 

BUROCRACIA

Do mesmo jeito, os vereadores de Nova Petrópolis levam de duas a três semanas para apresentar os pedidos de providência mais simples que podem ser feitos ao Executivo, como a troca de uma lâmpada queimada. É que esses pedidos precisam ser “votados”. Pasmem: o presidente da Câmara pergunta aos seus pares se todos concordam em pedir a troca de uma lâmpada queimada. Aí está um bom exemplo da burocracia brasileira. O cidadão sofre com a burocracia em tudo, até na hora de ser representado perante o Poder Público.

 

ISSO IRÁ MUDAR

Por outro lado, podemos ter algum otimismo. Como já comentado acima, os vereadores estão caindo na real. Na segunda-feira foi nomeada uma comissão para tratar de mudanças no Regimento Interno da Câmara. E a melhor notícia é que o vereador Josué Drechsler (MDB) é o relator dessa comissão. Hoje ele é a principal representação na Câmara do espírito modernizador, que visa diminuir o tamanho do Estado e acabar com as burocracias. O presidente da comissão é Alexandre da Silva (PSB), outro que prefere mais ação e menos conversa fiada. Por fim, o próprio presidente do Legislativo, Daniel Michaelsen (MDB) tem se mostrado propenso a algumas mudanças. Eu ainda acredito em dias melhores!

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