Coluna Nova Petrópolis
Nova Petrópolis: surto, os números, lares de idosos, escolas com 100%, educação comprometida
Raul Petry – [email protected]
SURTO
Justo quando a cidade estava aliviada com os bons números da pandemia, com várias semanas sem óbitos e uma semana inteira sem nenhuma hospitalização, chega a notícia de um sorte um lar de idosos. É sabido que Nova Petrópolis tem diversas instituições deste tipo. Em cidades maiores, tem sido muito comum haver surto nessas casas.
OS NÚMEROS
Conforme a Prefeitura, o lar de idosos que teve o surto tinha 60 idosos e 41 funcionários. Com o surto, todos foram testados. Entre os idosos, 19 deram positivo, além de 13 funcionários. E dos 19 idosos com a doença, um morreu e três seguem internados no Hospital Nova Petrópolis. Uma situação muito lamentável. Dois funcionários ainda esperam o resultado dos testes.
LARES DE IDOSOS
Imaginemos 60 idosos morando no mesmo lugar. Por mais bem equipado e precavido que a instituição possa ser, é impossível evitar que os internos tenham contato entre si. Portanto, se um deles pegar o coronavírus, muitos dos outros também vão pegar. Ponto crucial é evitar que o vírus entre, o que também não é assim tão simples. Sempre vai haver contato com o mundo exterior. Esse é o drama de uma pandemia.
ESCOLAS COM 100%
Ontem também foi anunciado o retorno de 100% das crianças para as aulas presenciais nas escolas municipais a partir da segunda-feira. Esta foi a notícia positiva do mês. Há alguns meses as escolas já vinham funcionando com 50% da capacidade. Metade das crianças na sala de aula e a outra metade em casa. O revezamento foi a solução encontrada para reabrir as escolas. Mas está longe de ser uma situação ideal. Agora é hora de correr atrás do prejuízo, o que será tarefa para alguns anos.
EDUCAÇÃO COMPROMETIDA
A educação foi seriamente comprometida. Primeiro pela pandemia em si. Depois, pela demora no retorno. Nunca é demais lembrar que o ano de 2020 terminou sem que as escolas fossem reabertas. Em 2021, com uma situação sanitária bem mais grave, os governantes se viram obrigados a reabrir as escolas. Se levarmos em conta as condições atuais, poderíamos ter tido no mínimo cinco meses de aulas no ano passado. Em vez disso, o que se viu foi histeria coletiva e muito oportunismo, em que a ordem era “fechar tudo” e deixar fechado. Principalmente nos casos que dependiam daqueles que tinham o salário garantido no fim do mês.
O PROBLEMA DAS MOTOS
Recebi novos relatos de abusos cometidos no trânsito por motos de tele-entrega. Como comentei dias atrás, os maiores problemas acontecem de noite, no trecho da ERS-235 onde foi construído o acostamento recentemente. O problema é justamente o acostamento, pois algumas motos usam o espaço do lado direito para fazer ultrapassagens. Um perigo tremendo para o trânsito. Na quarta-feira de noite o motorista de um carro achou que estava sendo assaltado, pois viu uma moto lhe ultrapassando pelo acostamento e outra pela esquerda, por cima dos tachões.