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Estamos estupefatos: tem cinco candidato a prefeito em Dois Irmãos. E mais: Do Fundo da Grota e sua letra-hino-gaúcho…

18/09/2020 - 08h03min

Atualizada em 18/09/2020 - 08h03min

Baitaca: celebridade nacional

Por

Mauri Marcelo Toni Dandel

ESTUPEFATOS

– Todo mundo estupefato porque temos cinco candidatos a prefeito. Pediram uma análise, mas fica para outro dia. Adianto o seguinte: em 1996 já teve cinco a prefeito.

– Por falar nisso, estupefato estou eu. Achei que “Do fundo da Grota” fosse composta pelo Baitaca. Mas não é. Ela foi composta pelo Antonio Cesar Pereira Jacques. Com este sobrenome, deve ser algum um norte-americano ou inglês, só pode!  Enfim, mais abaixo a gente conta.

– Hoje é o último dia para comprar rifa do João Emanuel e do Davi Lamb aqui (1ª remessa).

SEMANA FARROUPILHA

– E a Semana Farroupilha está findando. E sem CTG, sem comida campeira, sem fandango…

– E se tivesse uma “Mini-Semaninha Farroupilha” quando a pandemia terminar, só pra tirar o atraso, pelo menos, na comida? Assim, os CTGs e piquetes poderiam recuperar um pouco suas finanças…

– Bueno, a mensagem positiva de hoje não será de nenhum filósofo grego ou escritor americano. Deixo com vocês como mensagem “este hino” que…

– Ah, ia me esquecendo. A esta altura deve ter muita gente querendo jogar umas pedradas por este sacrilégio de pensar que o autor d´O Fundo da Grota” seja um americano! Este tal “inglês” de sobrenome Jacques, na verdade, nasceu em 1965 em São Luiz Gonzaga.

– Bah, chega de enrolar. Era só uma pegadinha! Este é o verdadeiro nome do Baitaca. Acredite! Então, parabéns ao senhor Baitaca, batizado Antonio Jacques, por esta música, que retrata o Rio Grande e a vida de todos que levaram o Rio Grande “nortão” adentro e mundo afora…  “Ótima segunda-feira”, vista sua bombacha, faça teu chimarrão, escute “Querência Amada” e bom fim de Semana Farroupilha!

DO FUNDO DA GROTA

– “Fui criado na campanha; Em rancho de barro e capim; Por isso é que eu canto assim; Pra relembrar meu passado. Eu me criei arremendado; Dormindo pelos galpão; Perto de um fogo de chão; Com ‘os cabelo’ enfumaçado.

– Quando rompe a estrela d’alva; Aquento a chaleira já quase no ‘clariá’ o dia; Meu pingo de arreio relincha na estrevaria; Enquanto uma saracura; Vai cantando empoleirada!

– Escuto o grito do sorro; E lá do piquete relincha o potro tordilho; Na boca da noite me aparece um zorrilho; Vem mijar perto de casa; Pra ‘inticá’ com a cachorrada.

– Numa cama de pelego; Me acordo de madrugada; Escuto uma mão pelada; ‘Acoando’ no banhadal; Eu me criei xucro e bagual; Honrando o sistema antigo; Comendo feijão mexido; Com pouca graxa e sem sal.

– Quando rompe a estrela d’alva (…)

– Reformando um alambrado; Na beira de um corredor; No cabo de um socador; Com ‘as mão’ rodeada de calo; No meu mango eu dou estalo; E sigo a minha campereada; E uma perdiz ressabiada; Voa e me espanta o cavalo.

– Quando rompe a estrela D’alva…

– Lá no santo do capão; O subiar de um nambu; Numa trincheira o jacú; Grita o sabiá ‘nas pitanga’; E bem na costa da sanga; Berra a vaca e o bezerro; No barulho dos cincerro; Eu encontro os bois de canga.

– Quando rompe a estrela d’alva; Aquento a chaleira já quase no clariá o dia; Meu pingo de arreio relincha na ‘estrevaria’; Enquanto uma saracura; Vai cantando empoleirada.

– Escuto o grito do sorro; E lá no piquete relincha o potro tordilho; Na boca da noite me aparece um zorrilho; Vem mijar perto de casa; Pra ‘inticá com a guapecada’”.

 

 

 

 

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