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Panela de Pressão

Ivoti: andando, 66, gripe, pequenos, UTI e dois casos

29/03/2021 - 06h18min

pórtico ivoti
Raul Petry – [email protected]
ANDANDO

Parece que finalmente a vacinação entrou num ritmo aceitável para o momento de gravidade do Brasil. Desde 24 de janeiro, quando vacinaram a primeira enfermeira em São Paulo até duas semanas atrás, o ritmo da vacinação era inaceitável e os políticos batiam cabeça. Quando a coisa encrespou, até Bolsonaro não foi mais visto sem máscara. O que importa é que as vacinas apareceram e, pelas notícias, o ritmo vai se acelerar mais ainda.

66

Aqui em Ivoti e na maior parte dos municípios a vacinação hoje será de pessoas com 66 anos. Parece que Estância já programou para quarta-feira idosos de 65 anos. Vale o que sempre afirmei. Estamos prestes a entrar aos poucos numa vida normal. Depois da vacinação das pessoas com mais de 60 anos, os hospitais se esvaziarão e a mortalidade cairá em quase 80%. E em dois meses pelo jeito atingiremos este status. Que coisa boa. Ainda mais depois que a Covid teve toda esta recaída que ninguém esperava. A única esperança de imediato é a vacina.

GRIPE

Em abril também acontecerá a vacinação das pessoas para a gripe, a Influenza, que era a Covid de 2009/2010. A Influenza também matou gente naqueles dois anos, mas era infinitamente menos contagiosa. Ela ficou por aqui mesmo e não se espalhou como a Covid, que não respeitou fronteiras e se espalhou pelo mundo inteiro. Hoje a Influenza não passa de uma gripe comum, como será a Covid daqui por diante.

PEQUENOS

O que vai continuar é a mortalidade dos CNPJ, principalmente as pequenas lojas. Conversei no fim de semana com dois comerciantes. Um vendia 5 mil por mês e, mesmo assim, tinha um pequeno lucro. O outro vendia 7 mil. Os dois estão fechando as portas. Para voltar ao ritmo de antes, vão levar alguns meses. Aí não vale a pena. Estima-se que 20% do comércio de Ivoti fechará as portas e durante o ano somente 10% será o número de novos empreendimentos.

UTI

O colapso da rede hospitalar se dá quando falta UTI para internar as pessoas que necessitam. É o que começou a acontecer desde o início do mês aqui no Estado. Em Ivoti morreu uma pessoa por falta de UTI, em Estância e em Nova Petrópolis que se saiba. Mas são muito mais. Só tem uma coisa: precisamos lembrar que para o pessoal do SUS a falta de UTI sempre existiu principalmente nos meses de inverno. Claro que a Covid só fez aumentar o drama.

DOIS CASOS

Nos últimos 10 anos, um funcionário do Diário e o pai de uma funcionária estavam agonizando no Hospital de Ivoti por falta de leito na rede estadual. O problema só foi resolvido quando Maria foi chamada e conseguiu leito para os dois, que vivem até hoje e muito bem senão teriam morrido. A falta de leito é a coisa mais normal que sempre existiu. Não ganhava o destaque que hoje a imprensa dá porque a Covid piorou tudo que já era ruim. Mas imagens de hospitais com os corredores lotados por falta de atendimento sempre existiram. Quem quer ver basta procurar imagens e matérias todos os anos.

 

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