Panela de Pressão
Ivoti: asfalto, exceção, bocejando, menos
Raul Petry – [email protected]
ASFALTO
Dá gosto andar por Ivoti com o asfalto tinindo de novo em dezenas de ruas e avenidas da cidade. E pelo jeito trata-se de um asfalto de boa qualidade, ou ao menos melhor do que o que foi colocado no tempo de prefeito anterior. Mal se passou um ano na época e o calçamento por baixo saía para fora. As ruas de Ivoti pareciam queijo suíço em pouco tempo. Isso dá uma má impressão para os próprios cidadãos e para os visitantes nem se fala. Uma cidade como Ivoti, que tem qualidade de vida, um povo ordeiro e trabalhador, tinha ruas que não condiziam com esta condição do povo. Com o novo asfalto o aspecto mudou. O carro desliza pelas ruas a recém asfaltadas e onde antes havia calçamento com uma suavidade que impressiona.
EXCEÇÃO
Nada contra as administrações anteriores, mas a atual administração está fazendo mais. Não pegou empréstimo como o ex-prefeito, que pegou perto de 2 milhões ou até mais e deixou para o próximo prefeito pagar. Martin fez o asfalto com recursos próprios e a conta foi para mais de 3 milhões. O que se lamenta não tem nada a ver com a atual administração. É o custo excessivo da máquina pública, com as leis que protegem os funcionários públicos, que tem regalias que nós jamais imaginamos e que sugam os recursos dos órgãos públicos. Só com as aposentadorias dos funcionários a Prefeitura gasta uma pequena fortuna, coisa de 30% da folha ou já passou disso. Ninguém no município ganha demais. O problema é gente demais trabalhando e horário reduzido em muitos casos. Porque no município se trabalha 32 horas por semana, por exemplo? Não sei de ninguém na iniciativa privada que trabalha menos de 40 horas. Os funcionários não tem culpa. Os culpados são os políticos que fazem as leis mui amigas porque não são eles que pagam a conta. Saísse do bolso deles e a conversa seria outra.
BOCEJANDO
Outra coisa que provoca prejuízo para os cofres públicos é a estabilidade no serviço público. Tem cabimento a existência da estabilidade. A troco de que? Dá vontade de rir de uma situação dessas. O sujeito começa a trabalhar num órgão público e não pode mais ser demitido. Tem que rir para não chorar. É claro que ele trabalha menos porque está tranquilo e nada acontece mesmo que ele fique o dia inteiro bocejando e sentado na sua mesa sem fazer nada.
MENOS
Ou seja, se você fizer a conta uma Prefeitura como a de Ivoti poderia funcionar com no mínimo 30% menos gente do que ela tem hoje. Isto que aqui o empreguismo é bem menor do que em outras partes do Brasil. Em muitos lugares, onde tem dois precisaria apenas de um. Onde tem 10 não precisaria nem cinco. Fosse o patrão uma pessoa que tivesse que pagar a conta com o dinheiro do próprio bolso e a conversa seria outra. No entanto, no serviço público o patrão é alguém que vai embora no final do mandato e nem olha mais para trás. Não responde por nada e não se preocupa se tem gente demais trabalhando ou fazendo de conta.