Panela de Pressão

Ivoti: quase nada, esmolas, mel, infra

27/08/2021 - 06h10min

Atualizada em 27/08/2021 - 23h32min

Raul Petry – colunistas@odiario.net

 

QUASE NADA

Ontem escrevi sobre a maravilha que é andar pela cidade de Ivoti em asfalto novo. O carro desliza como se estivéssemos andando sobre patins e não se sente um solavanco. Cá pra nós, assim deveria ser na cidade toda. Dinheiro para isso a gente produz. O PIB de Ivoti é de 1 bi por ano. O PIB é tudo que produzimos ao longo de um ano. Daí saem 400 bilhões em impostos, que são recolhidos pelas pessoas e empresas e o dinheiro vai embora. Só 1,25% deste total são pagos diretamente para a Prefeitura. O resto vai embora e depois retorna como se fosse favor do Estado e da União. O povo não sabe disso e os que sabem não tem o que fazer a não ser eleger nossos deputados e senadores a cada 4 anos para mudar isso. Eles até mudam, mas sempre para pior. Ou seja, do bolo total só 15% fica com o município. E outros milhões eles retiram dos 15% em leis que oneram os cofres dos municípios. Comentei sobre a estabilidade de emprego público, o que é uma das coisas mais estranhas que se conhece. Só uma parte dos trabalhadores do Brasil tem o emprego protegido e não podem ser demitidos. Você contrata eles para o resto da vida, tendo trabalho ou não. É um negócio de arrepiar.

ESMOLAS

Se não fosse assim, o povo poderia andar sobre asfalto novo em todos os cantos do município. Não teríamos um metro de chão batido ou pedra irregular. Teríamos dinheiro de sobra para dar e vender. Hoje comemoramos os investimentos da Prefeitura, que são grandes. No entanto, poderiam ser bem maiores comparados com o volume de impostos que pagamos. Em resumo, dos 400 milhões em impostos, sobram 10 a 15% em dinheiro livre para investimentos. O resto vai para a saúde e educação. Estas duas áreas são boas. O que digo aqui é que são caras porque os nossos políticos, com as leis que fazem, encarecem muito mais do que precisaria. É só perguntar quanto o Estado paga para cada consulta nos nossos hospitais. É uma merreca e uma vergonha. Aí para ter um pouco mais de dinheiro para investir em equipamentos e obras em geral, os nossos prefeitos vão para Brasília pedir esmolas.

MEL

Neste fim de semana de novo teremos tempo bom, o que está ajudando o turismo em geral. A Feira do Mel foi um sucesso de público e de vendas. Ninguém reclamou. E todos os requisitos para a realização do evento foram cumpridos no que toca a Covid. O uso da máscara foi obrigatório naqueles momentos em que é exigido. Quando se trata de ar livre não tem como obrigar as pessoas a usar máscara. No entanto, na Feira do Mel, a maioria das pessoas usou. O público da Feira do Mel é composto em sua maioria de famílias e elas são mais cuidadosas. As pessoas vêm para o Núcleo passear e trazem até os animais de estimação junto, que passeiam pela Feira.

INFRA

O que falta mesmo é uma melhor infraestrutura para chegar na Feira. A fila de carros no domingo de tarde se estendeu até o bairro Concórdia. E as pessoas não gostam de filas principalmente nos momentos de lazer. Centenas foram embora por não terem como chegar na Feira.

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