Panela de Pressão

Ivoti: tempo, alegria, meio ambiente, facilitar, coisa boa

12/05/2021 - 06h00min

Atualizada em 13/05/2021 - 07h29min

Raul Petry – colunistas@odiario.net

 

TEMPO

Uma pergunta boa que temos que nos fazer é o quanto tempo o município perdeu com os empreendedores brigando com o poder público sem que ninguém fizesse nada. E tempo é dinheiro, o ditado em inglês diz que Time is Money. Negócios cancelados, negócios instalados e produzindo fechados, empreendedores que deixaram de vir para Ivoti por causa da fama do município de emperrar quase que toda e qualquer tentativa de prosperar num novo negócio na cidade. Ninguém quer se incomodar ou não ser bem-vindo. E o tempo foi passando e o município estacionado que nem um carro abandonado numa rua sem saída e que está enferrujando e se deteriorando.

ALEGRIA

Você vê a alegria no rosto dos empreendedores quando eles conseguem agilizar seus negócios e no ambiente em geral dos negócios quando pelo menos ninguém atrapalha a vida de ninguém. Todo mundo sorri, todo mundo levanta cedo para trabalhar, todo mundo quer prosperar. Tivemos aqui em secretário do Meio Ambiente importado, que morava longe e que vinha aqui sem compromisso com ninguém, muito menos com o seu empregador. Aliás, o seu empregador na época não era quem pagava o seu salário. Em troca do salário que recebia não prestava contas a quem lhe pagava, mas sim, um outro poder que lhe dava guarida. Em suma, fazia o que bem entendia.

MEIO AMBIENTE

Hoje no setor do meio ambiente as coisas funcionam dentro de uma simplicidade necessária e sem ninguém precisar brigar. A fiscalização, que parecia uma espécie de polícia tipo FBI hoje cumpre o seu papel como deve ser. Está certo, tudo bem. Está errado, que se corrija. Mas dentro de parâmetros meramente econômicos e não policiais. E a consequência disso foi que os negócios prosperaram e Ivoti está em paz consigo mesma. Todo mundo ganha com isso, os empresários, trabalhadores e o próprio poder público.

 

FACILITAR

O Poder Público existe para moderar e implementar uma política de ordenamento dos negócios. Nunca com o objetivo de multar e depois ver o que cabe além da multa. Tanto que vivíamos uma época de uma espécie de indústria da multa. Era o reino dos funcionários cartoriais, que via os homens de negócios como inimigos Todas as quintas-feiras se batia nas portas com a polícia a tira-colo. E o chefe do Executivo, que o povo elegeu para exercer o poder de governo, quieto, com medo de ser também colocado no lado dos infratores de normas implícitas mas que na prática não existiam. O seu poder de prefeito nunca foi afetado, porque ele recebeu a delegação dos eleitores para justamente exercer o poder. Mas como no Brasil ladrão vira mocinho e cumpridor de leis vira bandido, tudo é possível. Ainda bem que em Ivoti tudo se normalizou e podemos finalmente crescer livremente e em paz. É uma pena que ao preço de fechamento de empresas como o frigorífico de peixes. Estes tempos temos que esquecer para sempre. Ninguém quer descumprir a lei e o poder público também não tem o direito de fazer mesmo.

COISA BOA

Num balanço que se faça podemos chegar a conclusão de que o saldo é positivo, apesar dos pesares.

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