Coluna Estância Velha
Cuidado com as curvas perigosas
Um acidente com desfecho inusitado parou a avenida Campo Grande no sábado à noite. Um carro entrou em alta velocidade em uma curva, capotou, bateu em um poste e ficou completamente destruído, porém, o motorista saiu ileso. Como sabemos disso? Pois ele foi embora do local do acidente. Ignorando o fato ocorrido, focamos em cuidados. Não é o primeiro e não será o último acidente que acontece nessas vias, mas a verdade é que é sempre necessário prestar atenção ao que ocorre a nossa volta. Em minhas andanças pela cidade, noto muitos motoristas agindo de forma imprudente. Seja para chegar mais cedo, seja para chegar mais rápido. Vivo falando sobre respeitar os direitos e os espaços alheios e é disso que falo. Trânsito é perigoso, qualquer descuido e uma pessoa pode morrer – alguém que amamos, às vezes. É preciso cuidado e é preciso empatia para com o espaço do próximo. Não somos sozinhos e nossas atitudes refletem muito na sociedade.
FESTA INTERROMPIDA
No final de semana a fiscalização estanciense impediu que uma festa ocorresse em um sítio próximo ao Parque Industrial. O evento, com mais de 500 ingressos vendidos, estava sendo realizado sem documentação. Mas não é disso que quero falar. Após postar a matéria no site do jornal, recebi críticas – algumas diretamente a mim – por ter dito “rave” na matéria. Bom, não sei se os tempos mudaram ou se eu estou mais velho do que imaginei – no alto dos meus quase 27 anos -, mas uma festa, ao ar livre, com bebida e som alto, realizada em um sítio… Bom, eu sempre chamei de Festa Rave. Me perdoem se não é mais chamada dessa forma, mas é que no caminhar dos anos alguns termos andaram mudando e esqueceram de contar para a minha geração. No mais, o que importa não é qual tipo de festa era, mas sim, que ela não poderia estar sendo realizada.
MORTES
Dois homicídios foram registrados no final de semana na região. Algo de muito errado está acontecendo com a segurança pública do Rio Grande do Sul. Sabemos que determinadas situações estão alheias ao trabalho realizado pelos governantes, mas duas pessoas mortas em circunstâncias brutais é algo que choca e chama a atenção para os problemas que a sociedade enfrenta. Não é fácil manter uma comunidade em pé e segura, sabemos disso. É sempre complicado ouvir que mais uma pessoa foi morta, pois não conseguimos evitar o pensamento de “e se algo tivesse sido feito previamente?”. Não estamos 100% ainda, há muito chão para trilhar antes de colocarmos nossa cidade, nossa sociedade, nos eixos – eixos esses que não vemos há muito tempo. Mas não vamos desanimar, eu acredito que ainda há esperanças para nós. Não somos trogloditas vivendo em uma era menos avançada, evoluímos tanto e fizemos tanto, que o simples ato de parar de se matar, não me parece algo impossível. Comecemos com cautela, devagar, com cuidado. Pensemos mais no outro, pensemos mais no futuro que queremos. Está em nossas mãos melhorar. Podemos fazer isso, se quisermos.