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Danem-se privilégios…

13/11/2018 - 11h00min

Atualizada em 13/11/2018 - 11h14min

Sabe-se que a situação do Estado é crítica, mas sabe-se, também, que ela tem que ser resolvida sem aumento de impostos. A alta carga tributária prejudica a economia e a própria arrecadação de impostos. Sem saber o que fazer, porque os políticos estão enredados no torniquete dos funcionários públicos, para os quais há diversas normas que são, inclusive, cláusula pétrea na legislação atual, os políticos voltam-se sempre contra o povo para extorquir mais dinheiro. Os verdadeiros opressores do povo têm as constituições estadual e a federal a seu favor, que foram generosas em lhes oferecer garantias que são verdadeiras jubuticabas aos olhos de quem olha a coisa com isenção. Por isso o governador eleito volta-se em primeiro lugar para manter o aumento de imposto aprovado por Sartori em 2015 e que nos onerou com mais 5% de imposto sobre luz, telefone e gasolina, além do aumento de 17 para 18% nos impostos de forma generalizada. O aumento não fez o menor sentido, pois todo mundo sabia que não resolveria o caos financeiro do Estado. Mesmo sabendo que não era a solução, Sartori optou por meter a mão grande no bolso dos gaúchos de novo. O aumento da sonegação ou a diminuição do consumo numa situação dessas praticamente anula o aumento na alíquota e os aumentos de impostos são de resultado quase zero. Prova de que o Estado continua quebrado como há 4 anos. Portanto, com Sartori perdemos mais 4 anos.

LEITE

Agora vem Eduardo Leite e quer estender o aumento de imposto de Sartori por mais 2 anos. Na época, até as pedras sabiam que isto ia acontecer. Depois serão mais 2 e, por fim, ad aeternum. Para sustentar castas privilegiadas, apela-se para aumentar impostos, quando em Santa Catarina as alíquotas são bem mais baixas e todo mundo vai abastecer no estado vizinho, indústrias se mudam para lá. Enquanto não se atacar os privilégios transformando cláusulas pétreas em pó pra início de conversa, o Estado não sai do buraco. O povo gaúcho não merece isto. Investimentos não existem. A duplicação da RS-118, que liga a BR-116 à Freeway, está há 20 anos em obras e não será concluída ainda este ano. Na Linha Temerária, em Nova Petrópolis, o Estado mantém a pior estrada do mundo. Sinceramente parece que estamos no Afeganistão, mas não no Rio Grande do Sul.

UNIÃO

O momento exige união de todas as forças do Estado a começar pelo Governo do Estado, Assembleia e Poder Judiciário. Não tem outra maneira de tirar o Estado do buraco. Há anos atrás esta pauta era sempre a ordem do dia. Hoje não se fala mais em união em torno do Estado. Passou a ser cada um por si e Deus por todos. Com o Governo do Estado amarrado pelo Poder Judiciário, que passou a ser o fiador da manutenção dos privilégios e mudanças necessárias para sair do buraco, não tem salvação. Só a união de todos salvará o Estado. Isto é impossível, porque a sociedade brasileira e gaúcha passou a ser predadora do Estado em si. Quem se atravessa na sua frente é removido por alguma ordem judicial. Por isso é urgente remover toda a legislação que está aí e produzir uma nova para começarmos literalmente do zero. Danem-se quem perder privilégios, mesmo porque estes nunca deveriam ter existido.

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