Conecte-se conosco

Colunistas

Hoje é o grande dia da inauguração, vamos assim dizer, das câmeras de videomonitoramento

28/02/2019 - 11h00min

Atualizada em 28/02/2019 - 11h27min

O investimento não é pequeno e o momento precisa ser celebrado. Não tanto pelo investimento, nem tampouco pelo benefício que trarão, mas mais por causa do tempo que levou para as câmeras serem instaladas. Não foi pouco tempo. Faz, no mínimo, 10 anos em que se fala nisso. Foi um vai e vem daqueles dignos de registro no Guinness. No tempo do Arnaldo a explicação para a desistência de instalar as câmeras foi o “alto custo”. O engraçado é que o então prefeito gastava muito mais em supérfluos sem serventia alguma do que em algo útil como as câmeras. Contudo, vamos esquecer o passado e olhar para a frente. Só o futuro dirá se foi um bom ou mau investimento. A grande vantagem é que muita coisa captada pelas câmeras pode agora ser vista. Não só para a utilização das autoridades policiais como também pela própria população. Atitude como essa é moderna e necessária, ainda mais num país como o Brasil.

MUDANÇAS

Existe algo que não possa ser mexido, mudado, ao longo do tempo. Os carros mudam de versão todos os anos. As montadoras muitas vezes só mudam a traseira, mas a mudança tem que ser feita até por questões mercadológicas. A gente troca também de roupa porque é necessário. Volta e meia pintamos a casa, cortamos a grama, refazemos de tudo para nos adequar aos tempos. A própria moda está aí para provar que tudo tem que ser trocado para nos adaptarmos aos costumes do momento. A única coisa que não muda são as leis que garantem os privilégios dos funcionários públicos.

INVENTAM

Inventam um tal de direito adquirido, também cláusula pétrea, cada um pode pensar o que quiser sobre o significado desses termos. Na real, é tudo aquilo que jamais pode ser mudado. Para o resto da vida, um funcionário público concursado tem direito a estabilidade no emprego. Nunca pode ser colocado para a rua, nem se o governo do Estado quebra. Ele fica lá sentado, olhando para as paredes, mas para a rua ele não vai. Temos que pagar ele para todo o sempre. Enquanto os outros, que não são funcionários públicos, ficam sem emprego à toda hora. Tanto que temos hoje 13 milhões de desempregados. Nenhum funcionário público. Dá para engolir uma coisa dessas? A gente sabe que, se tem alguma coisa que está errada, se muda. As próprias leis, tanto na área criminal ou cível, mudam a toda hora. Não havia divórcio no Brasil até a década de 80, agora tem. Os costumes mudam, por isso as leis também mudam. Mas com o salário e a estabilidade no emprego no setor público não é assim. Os próprios empregos mudam, vários deles desaparecem nestes novos tempos, os robôs estão aí, mas a estabilidade e os empregos públicos de um modo geral não mudam. É um absurdo, uma picaretagem, que temos que ouvir todos os dias o noticiário falar disso. E ninguém tem coragem sequer de dizer que isso tem que ser mudado. Somos escravos de milhões do setor público que devem todos os dias rir da nossa cara. E nós os babacas trabalhando e suando todos os dias para sustentar eles.

Conteúdo EXCLUSIVO para assinantes

Faça sua assinatura digital e tenha acesso ilimitado ao site.