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O dinheiro está curto, é um dos motivos apontados

14/09/2018 - 11h00min

O vereador Márcio Guth tem se mostrado um opositor ferrenho da administração municipal e isto não acontece por questões de cunho partidário tampouco ideológico. Ele representa o típico político brasileiro de todas as esferas. Desde a Câmara dos Deputados passando pela Assembleia e chegando nas Câmaras de Vereadores. Ele faz oposição por questões pessoais. Elegeu-se vereador para obter vantagens pessoais como ocupar um cargo na administração. Perdendo o cargo voltou-se imediatamente contra tudo e contra todos.

TIMING

Na semana em que aconteceu a megaoperação de busca e apreensão do Ministério Público e da Polícia Civil nas residências de Arnaldo e Baltasar, além dos outros envolvidos nas irregularidades da Autarquia Água de Ivoti, Márcio Guth ainda soltou uma pérola e por azar errou o timing. Na reunião da Câmara Municipal na segunda-feira de noite reclamou da falta de água em algumas ruas do bairro Jardim Bühler e pediu o retorno de Baltasar para a diretoria da Autarquia. Três dias depois a polícia bateu na casa dele por suspeita de crimes cometidos. É de chorar. O nível dos nossos políticos infelizmente beira a mediocridade. Eles se elegem em cima de favores pessoais e depois buscam para si manter os favores do serviço púbico para si e que são utilizados para se eleger. Marcio Guth perdeu a benesse e ficou irascível. Antigamente tinha um bordão “Vai Para Casa Padilha”, usado quando algum marido era traído. No caso de Marcio Guth poderíamos usar um bordão parecido. “Vai Trabalhar Vereador”.

GRAVIDEZ

A assessora jurídica da Câmara Municipal contratada na gestão de Borracheiro deu à luz agora há poucos dias. Uma chuva de cobranças caíram por cima de mim, autor da coluna com os seguintes argumentos: Como o novo presidente contrata uma pessoa que está grávida? Na verdade, a nova assessora praticamente trabalhou todo o tempo durante a gravidez e pós-parto. Até aí não houve prejuízo, mesmo porque não solicitou licença maternidade. Não há nenhum problema de cunho institucional tampouco moral e ético na contratação da assessora que estava grávida, mesmo porque Borracheiro não sabia desta particularidade da assessora no momento da contratação.

MUDANÇA

Nossa senhora, quanta mudança está acontecendo eleição após eleição. Há 20 anos, era um festival de bandeiras, cavaletes, cartazes, enfim, todo tipo de propaganda pelas ruas na véspera de uma eleição. Faltando três semanas para uma das eleições mais importantes da nossa história diante do quadro institucional gravíssimo e falta de perspectivas para o País, você sai para a rua e parece que não haverá sequer eleição. É a mudança dos tempos. “O dinheiro está curto” é um dos motivos apontados. O segundo é que com o surgimento da internet, muitos candidatos se valem das redes sociais para propagar as suas virtudes a um custo muito baixo ou quase nenhum. Jogar propaganda para a rua custa caro. A revolução da internet tem propiciado mudanças de costumes tão profundos que a gente quase nem se apercebe. Agora com as eleições na porta, este fato é bem perceptível. É claro que uma coisa não exclui a outra e a mudança de costumes não garante vantagem para ninguém. As ruas continuam importantes e é mais provável por enquanto que uma coisa não substitui a outra, apenas complementa.

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