Coluna Nova Petrópolis

O problema da falta de lixeiras na zona urbana de Nova Petrópolis

15/07/2019 - 11h35min

LIXEIRAS (1)

Foi muito comentada no fim de semana a reportagem do Diário de sexta-feira sobre ausência de lixeiras na área central de Nova Petrópolis. Muitos leitores fizeram questão de parabenizar a publicação. Isso aconteceu, por exemplo, com assinantes que conversaram comigo na Festa da Colheita, domingo, na Comunidade Evangélica da Fazenda Pirajá.

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O resultado da ausência de lixeiras é que muitos sacos de lixo (residencial, mas também comercial) acabam sendo colocados no chão das calçadas, o que por si só já é algo bem feio. Aí vêm os cachorros e gatos, ou a chuva, ou o vento, esparrando o lixo e o resultando nas cenas lamentáveis que todos conhecemos.

LIXEIRAS (3)

A reportagem de sexta-feira cita o Código de Posturas, que prevê o uso de recipientes apropriados para a colocação do lixo na rua. Portanto, são muitos imóveis que estão descumprindo a legislação municipal. O pior são aqueles espertinhos que, além de não terem as suas próprias lixeiras, colocam o lixo no em áreas vizinhas, não raro em dias que não são os da coleta. O Diário também já fez reportagens sobre este “fenômeno”. Um exemplo notório era o espaço junto ao portão nos fundos do Parque Aldeia do Imigrante. Muitos moradores largavam o seu lixo por lá, como se tivessem este direito.

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A propósito da colocação de lixo na rua em dias que não são os de coleta: o mesmo Código de Posturas proíbe tal prática e determina a aplicação de multas salgadas para os autores. Basta andar cinco quadras em qualquer bairro numa manhã de domingo para ver que este item da lei também não é cumprido, tanto pelos moradores quanto pela Prefeitura, que não vem aplicando a tal multa aos infratores da lei. Fica evidente que este é um trecho da lei é completamente inócuo. Tema para os vereadores…

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Conforme a reportagem de sexta-feira, o Código de Posturas também exige que o lixo colocado na rua esteja devidamente separado. Atualmente, essa história de separação de lixo não passa de uma grande falácia. Poucos são os que separam o lixo seco do orgânico. E mesmo assim o resultado é zero, pois no caminhão tudo acaba sendo misturado novamente. Sempre lembrando que o município gasta uma verdadeira fortuna anualmente para pagar os serviços de coleta e destinação do lixo.

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Assim como parte dos moradores, a Prefeitura também se descuida ao colocar o lixo de algumas repartições públicas na rua. Um exemplo é o posto de saúde do centro. Na semana passada, o vereador Daniel Michaelsen (MDB) apresentou um pedido de providências para que seja instalada uma lixeira em frente à unidade. Em anexo ao pedido, ele divulgou uma foto que mostra mais de dez sacolas de lixo largadas sobre o chão da calçada. Isso a poucos metros da Praça das Flores e, o mais grave, com lixo oriundo de um posto de saúde. No outro lado da rua, junto aos banheiros da praça, existem dois containers grandes que poderiam ser utilizados para este fim.

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Depois da repercussão sobre o tema durante o fim de semana, algumas pessoas ligadas ao projeto Nova 2050 sugeriram a criação de um grupo de trabalho para tratar do problema das lixeiras. Esta é a boa notícia. Existem pessoas dispostas a encarar o problema.

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