Coluna Nova Petrópolis

Os milhões que vem e os que podem não vir para Nova Petrópolis

02/12/2019 - 11h28min

Que presentão de final de ano, faturar mais de R$ 7,2 milhões na Quina! Foi o assunto comentado por todos os lados no domingo e, imagino, também nesta segunda-feira. Agora todos querem saber quem é o sortudo e o que ele pretende fazer com o dinheiro. De todo modo é um dinheiro muito bem-vindo, inclusive para a cidade, se ele for aqui investido. Parabéns ao apostador e também à Girassorte Loterias, onde a aposta vencedora foi feita.

MILHÕES VÊM?

Circula nos meios políticos uma informação de que a Prefeitura não conseguirá mais obter o financiamento de R$ 14 milhões, com o qual pretende, ou pretendia, fazer asfalto em Linha Olinda, Nove Colônias, construir pontes em São Jacó e finalizar a via alternativa pelos bairros Logradouro, Juriti, Pousada da Neve e Piá. O motivo da dificuldade seria relacionado ao tempo: o município teria perdido o prazo para aderir ao programa de crédito da Caixa (Finisa).

SEM SIMPLISMO

Se o financiamento de R$ 14 milhões está mesmo a perigo, e se o motivo é mesmo o prazo perdido, imediatamente as atenções se voltarão à Câmara de Vereadores, onde o empréstimo teve que ser aprovado, com votos contrários de alguns. Mas seria simplista demais atribuir a culpa de alguma demora ao Legislativo. Primeiro porque o Executivo queria votar o financiamento com a máxima urgência. E conseguiu, apesar da óbvia polêmica que se criou. O problema é que algumas semanas depois foi enviado um novo projeto à Câmara e ele tratava do mesmo tema. Este sim teve tramitação demorada. Seus termos poderiam ter sido incluídos no primeiro projeto (aquele aprovado rapidamente). Em determinado momento, a oposição queria votar o segundo projeto e a situação não quis, porque imaginava não ter o número suficiente de votos. Naquelas semanas o suplente Egon Ackermann (MDB) estava no lugar de Daniel Michaelsen (MDB).

PODIA SIM

Conversei com um político da ala governista sobre os prazos do financiamento. Questionei: Por que o empréstimo não foi tentado já em 2017, no primeiro ano deste governo? Se evitaria assim a impressão de uma ação meramente eleitoreira. A resposta: naquela época não podia… Corrigindo: podia sim. O Finisa foi criado em 2013 e durante a tramitação os vereadores da situação chegaram a mencionar o exemplo de Farroupilha, que pegou dinheiro emprestado para asfaltar o acesso ao Salto Ventoso. Lá o asfalto já está pronto…

NADA MUDOU

Com financiamento ou sem, a administração municipal precisa seguir comprometida com o projeto de abrir um acesso alternativo à Av. 15 de Novembro. Várias ações significativas nesse sentido já foram tomadas nos últimos dois anos. A mais importante me parece ser o asfaltamento da rua Aldeia dos Imigrantes. Mas é preciso dar sequência e finalizar. Vale lembrar inclusive que até o primeiro semestre deste ano a administração não falava em financiamento para construir os acessos que faltam. Falava-se, e tentou-se, vender sete terrenos públicos para custear as desapropriações necessárias. Por isso, a não obtenção do empréstimo não pode significar o engavetamento de tão importante projeto.

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