Colunistas
Poderíamos ter uma lei que dissesse o seguinte:
Se você furunga na história de Ivoti e se um dia esta história for escrita sob a ótica econômica, tem que aparecer um bom capítulo sobre a decadência econômica do município. Não foi uma decadência forçada por fatores externos única e exclusivamente. Tem cidades americanas que sediavam as principais empresas automobilísticas que quebraram e as cidades forma no embalo, simplesmente desapareceram do mapa. Aqui aconteceu a decadência do Vale do Sinos a partir da descoberta do nordeste como polo de produção de calçados com mão de obra baratíssima e posteriormente outros países que passaram a representar o nordeste neste mesmo quesito, tirando do Vale do Sinos o seu fulgor. Todos os municípios sofreram com a decadência das exportações de calçados do Vale do Sinos neste século, mas nem todas diminuíram de tamanho econômico como Ivoti. A maioria delas soube se reinventar. Campo Bom é um belo exemplo e tantas outras. Ivoti, por sua vez, parou no tempo e no espaço.
VISÃO
Os prefeitos que a população elegeu para manter Ivoti com seu poderio econômico, não descobriram até hoje o que estava acontecendo. Foram gestores públicos reduzidos a sua própria essência, sem nunca olhar donde vinha a receita da Prefeitura. Por mais absurda que possa parecer, poderíamos ter uma lei que dissesse o seguinte: o município não pode ter quedas no seu PIB, sob pena de responsabilização da administração municipal. É claro que isto não existe na prática, mas poderíamos levar em conta mesmo veladamente esta espécie de mantra. Crescer, crescer, crescer é a palavra de ordem. Bem, com os que pensam o contrário, temos que conviver com eles e estabelecer o debate. Vence quem tem mais poder de convencimento. Estes devem ter filhos e os filhos têm que trabalhar. Vão trabalhar aonde quando crescerem. Foora do município? Porque, quem não gosta de desenvolvimento, tem que se sujeitar a ficar desempregado o resto da vida ou ir embora daqui. Eles vão ver com bons olhos os filhos ter que sair daqui para se sustentar?
CASO GINÁSIO
Vou repetir mais um pouco aqui esta história do entorno do ginásio. Tivéssemos aqui um prefeito como foi Nilo Hansen, que, aliás, foi vice-prefeito de Ivoti antes da emancipação de Presidente Lucena, e a nossa história seria outra. Ele pode ter lá seus defeitos, mas na primeira gestão em Presidente Lucena foi estadista. Comprou uma área de 80 mil metros quadrados, onde botou toda a administração pública. Juntou oito proprietários e fez o negócio. Aqui a volúpia para comprar aquelas áreas do entorno do ginásio tinha que ter sido a mesma. As vezes me pergunto: nem prefeito, nem vice, tampouco nenhum dos nove vereadores se interessou para olhar para a situação e arregaçar as mangas e comprar tudo aquilo ali. Ou desapropriar que fosse. Eu mesmo cheguei a implorar para todos eles sobre a necessidade dos homens públicos olhar para o futuro de Ivoti. Ninguém ligou a mínima. Por aí também se explica a decadência de Ivoti nos últimos 20 anos. É um período para esquecer.
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