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10º Grito de Alerta em favor da agricultura ocorre amanhã, 16
Manifestação busca por diversas melhorias
Por Carla Fogaça | Cleiton Zimer
Dois Irmãos/Morro Reuter/Herval- Agricultores e representantes participam nesta quarta-feira, 16, do 10º Grito de Alerta, sediado na cidade de Ijuí. O encontro é uma das maiores mobilizações em favor da agricultura e pretende reunir certa de 5 mil pessoas. Dois Irmãos terá dois representantes e Morro Reuter três, sendo pela região um total de 43 pessoas no evento.
Reivindicações da categoria
A ação reivindica medidas emergenciais da estiagem que atinge o Estado, assim como: a melhoria no Proagro Mais com a diminuição dos prazos para o julgamento dos processos, reajuste do limite de Garantia de Renda Mínima, reajuste da indenização da parcela de investimento, redução das alíquotas para a cesta de alimentos e adequação dos procedimentos de indenização para as culturas de hortaliças e frutíferas.
Estado de emergência
Dois Irmãos/Morro Reuter- Segundo o presidente Pedro Joãozinho Becker, o Pedrinho, a região em que ele é representante ainda não decretou estado de emergência, mas a participação no evento é importante em nome de todos os agricultores do Estado. “Ainda temos uma reserva de chuva do mês passado, porém, não sabemos como estaremos na semana que vem”, destaca.
Ainda de acordo com Pedrinho, cinco representantes de Dois Irmãos e Morro Reuter estarão no manifesto. “É de extrema importância estarmos presentes para solicitarmos pelas melhorias da categoria, pois estamos pior economicamente do que comparado a mesma época no ano passado”, diz.
“Estamos enfrentando sérios problemas”
Santa Maria do Herval – De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santa Maria do Herval, Fábio Wobeto, o município não terá participação direta mas apoiará a causa. “Neste ano o grito é por um pedido de socorro ante ao Governo”.
O município decretou situação de emergência no final de janeiro por conta das grandes perdas nas lavouras que, no milho, ultrapassam os 50%, além de outras culturas que foram dizimadas, como as hortaliças. “Na verdade, nós não estamos sendo atendidos pelo Governo. Estamos enfrentando não só a seca, mas a questão dos preços; o custo de produção é muito alto, o grande empreendedor até consegue dar a volta, mas o pequeno não”, enfatiza.
Fábio conta que muitos produtores, associando as dificuldades advindas da seca e dos custos, já estão optando por não plantar mais, principalmente no setor de hortifrutigranjeiro. “Estamos enfrentando sérios problemas. Mas agricultura é isso, é uma indústria a céu aberto”.