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Agricultor começa cedo: Osvino vai para a roça com o raiar do sol em Herval

26/01/2021 - 16h25min

Atualizada em 26/01/2021 - 16h55min

Osvino voltando da roça, já às 8h30 da manhã, com os bois que exibem sua formosura (FOTO: Cleiton Zimer)

Por Cleiton Zimer

Santa Maria do Herval – Quem mora no interior sabe: a hora mais propícia para trabalhar é de manhã cedo. Nada de acordar tarde. Osvino Dilkin, de Padre Eterno Baixo, mantêm essa regra em sua lida diária na roça e, toda manhã, ainda antes do nascer do sol já está de pé e logo em seguida vai fazer o serviço para aproveitar o clima mais ameno da alvorada, a primeira claridade da manhã e, também, porque tem muito trabalho a ser feito.

Na manhã de terça-feira, 26, enquanto boa parte acabava de chegar no serviço ele já estava a caminho de casa, voltando da roça onde concluiu a primeira atividade do dia, às 8h30. “Quando o ônibus estava passando eu já estava trabalhando há bastante tempo”, disse, referindo-se aos coletivos que transportam os funcionários das indústrias locais, que circulam por volta das 6h30. Ele garante que todo dia é assim, claro, quando as condições climáticas permitem. “É preciso começar cedo, aí rende”, explicou, ressaltando que ao chegar em casa teria mais trabalho.

Gaúcho e Bonit

Osvino com sua junta de bois (FOTO: Cleiton Zimer)

Tranquilamente ele vinha voltando para casa da roça, que fica a cerca de três quilômetros da sua residência depois de arar terra com sua junta de bois; um deles é o Gaúcho e, a outra, uma fêmea, é chamada de Bonit. Os bichos andavam na frente, ainda na canga e Osvino ia atrás, a pé,  conduzindo-os por uma corda. Ambos são animais mansos, muito dóceis, e ajudam o agricultor em praticamente tudo. Ele, sempre com muita cautela, os trata com carinho e respeito durante o trabalho na roça.

Eles têm um pouco mais de um ano de idade (completados em outubro e dezembro). “Em setembro eu já plantei minhas batatas com eles, sozinho, ninguém precisou ir junto para guia-los”, disse o agricultor, orgulhoso da sua junta de bois que, formosos, ficavam parados enquanto ele conversava; até se aproximavam, pedindo um afago.

Ele conta que planta um pouco de tudo, desde verduras, batata, milho, mandioca. “O que vem pela frente a gente faz”.

Agricultura familiar

Assim como Osvino, muitos hervalenses vivem da agricultura ou, fazem dela algo que complementa a renda, conciliando-a com mais atividades. De acordo com o Secretário de Agricultura, Jaime Morschel, o município possui cerca de 600 famílias inseridas no contexto da agricultura familiar, refletindo em cerca de mil talões de produtores cadastrados.

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