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Amvars encaminhará dossiê ao Estado pedindo a revisão dos dados e saída da bandeira vermelha
Dois Irmãos – Em reunião realizada há pouco de maneira virtual, os prefeitos presentes decidiram por unanimidade encaminhar um dossiê para o Governador, através do qual solicitarão a mudança de bandeira para a região. Ontem, o governador Eduardo Leite anunciou que a região será incluída na bandeira vermelha, o que limitará o funcionamento de diversas atividades.
A decisão foi tomada pela Associação dos Municípios do Vale do Rio dos Sinos (Amvars) e, de acordo com a presidente e prefeita de Dois Irmãos, Tânia da Silva, o documento será elaborado ainda na tarde desse domingo e encaminhado ao Estado até às 18h.
“Vamos solicitar a mudança da bandeira baseados, principalmente, no que cada município já fez de março até agora. A situação é preocupante, tem sim aumentado o número de casos, mas nós vamos mostrar tudo o que fizemos e nos comprometer a fazer uma maior fiscalização, principalmente nas festas domésticas que estão acontecendo, pois os comércios, indústrias e prestadores de serviços estão cumprindo com a sua parte”, destacou Tânia.
A presidente explica que, no dossiê, será informado ao Estado a real situação de cada município pois, de alguma forma, há uma falha de comunicação à exemplo do que aconteceu na região de Caxias do Sul. “Tem um levantamento do Estado, por exemplo, dizendo que Dois Irmãos tem somente dois respiradores. Na verdade, temos sete. As vezes o município não tem leitos, não tem hospital, como Morro Reuter, mas tem respiradores, tem Posto de Atendimento que está atendendo. O nosso Hospital de Dois Irmãos é de baixa complexidade, mas nós temos 10 leitos reservados para o Covid-19. Então isso não consta nos dados do Estado, e é isso nós vamos mostrar, pois precisa ficar claro”, disse.
Tânia, ressaltando ainda que, “provavelmente Campo Bom vai ampliar seu atendimento até terça-feira”, além disso, Novo Hamburgo estaria esperando mais cinco leitos de UTI do Estado.
Ela reconhece que, se haver um colapso na saúde, não haverá leitos o suficiente para todos. “Nem na rede particular nem pública. Nenhum país que entrou em colapso conseguiu atender a todos. Mas nós vamos tentar com equilíbrio e com muita responsabilidade encaminhar para o Governo do Estado esse dossiê, a respeito do que nós já fizemos e do que nós continuamos fazendo pelo combate ao Covid-19”, destacou.