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Cerveja Faraó conseguiu contornar a crise do setor provocada pela pandemia

15/10/2020 - 09h46min

Atualizada em 15/10/2020 - 10h09min

(foto: Divulgação)

Região – O Diário vem mostrando, em uma série de reportagens, como as cervejarias vem trabalhando desde março quando o setor cervejeiro teve de se adaptar para conseguir trabalhar em meio à pandemia. São diversos relatos de empresários contando um pouco de suas experiências.

Em Picada Café, a Cerveja Faraó, conhecida como “Cerveja dos Deuses” surgiu em janeiro deste ano, mas de acordo com o mestre cervejeiro, Marti Fernando Bauer, o interesse em produzir cerveja começou em 2012, quando em uma conversa de final de semana com um amigo decidiu fazer cerveja. Mesmo com pouco conhecimento e muita vontade, Marti e o sogro, Marcio Schneider, fizeram a primeira cerveja. Começaram com lotes de 20 litros e foram ampliando, sempre buscando mais conhecimento, pesquisas e muitas degustações. Com isso chegaram a algumas receitas que hoje fazem parte dos produtos.
A pandemia atrapalhou as vendas no início porque quando começou a alavancar teve de parar tudo. As encomendas que tinham sido feitas para festas de aniversário, casamentos e demais eventos foram todas canceladas. Nesse momento já tinha um público de garrafas criado e um clube de assinatura, que é o Clube dos Deuses. “Acabamos perdendo um mês, onde ali em abril passamos por dificuldades, mas depois a gente retomou o faturamento e hoje vem numa crescente”.

Em setembro aproveitaram a Semana Farroupilha, no CTG, para melhorar as vendas. Também criaram um barzinho na fábrica, onde vende tanto o copo de chope como o enchimento de growler, venda de barril e garrafas de acordo com o que o cliente pede. Outra alternativa encontrada foi oferecer a opção de barris menores. “Com todas essas adaptações a gente acabou não tendo tanto prejuízo com a pandemia. Nossa dificuldade foi praticamente durante um mês. Nem chamo isso de se reinventar porque tudo o que a gente faz hoje, já fazíamos, só que com menos efetividade”.

Marti e seus sócios Paulo Mallmann e Marcio Schneider comemoram que nos últimos dois meses o mercado vem retomando. Recentemente a ampliou a estrutura, dobrando a capacidade de produção da fábrica e para o próximo ano pretende fazer novos investimentos.

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