De Dois Irmãos ele busca criar uma agrofloresta em sua terra natal na Bahia

Por Cleiton Zimer

Dois Irmãos – Morando no município há cerca de três anos com sua esposa que é natural da cidade, Daniel Lima da Cunha, 38 anos, natural de Ruy Barbosa na Bahia, veio para Dois Irmãos para trabalhar e, mesmo estando na outra extremidade do país está buscando apoio para criar um sistema de agroflorestal na sua terra natal.

De acordo com Daniel, a Agrofloresta Orobo virá para reflorestar uma área de terras em Ruy Barbosa na Chapada Diamantina, juntando reflorestamento com a subsistência dos moradores e o plantio de arvores frutíferas, mandioca, hortaliças. Além disso terá a criação de animais de pequeno porte como galinhas, cabras para a produção de leite e queijo e a implantação de viveiros de plantas nativas da região. “Futuramente pretendemos fazer uma estação meteorológica, para poder ver a real situação de chuvas anuais no município”, destaca.

O projeto também visa implantar oficinas rurais e tentar trazer mais pessoas para o campo. “Queremos mostrar que é possível preserva morando no campo de forma sustentável e ecológica”.

Para arrecadar fundos foi criada uma vakinha na internet. “Junto com entidades locais buscaremos a implantação de uma área experimental de plantas adaptadas a região na produção de floradas para abelhas e cobertura de solo, assim como criação de animais mais resistentes às intemperes da região Nordeste”, explica Daniel, dizendo que estão abertos a parcerias com agrônomos e ambientalistas para fazer parte do projeto.

Ele destaca que, ao comprar o imóvel será feita uma prestação de contas. “Criaremos uma página no YouTube para que todos os colaboradores possam acompanhar o projeto semanalmente com os vídeos que serão postados e poderão fazer sugestões e dicas”.

Daniel Lima da Cunha, natural de Ruy Barbosa na Bahia é filho de lavradores e fez cursos na área rural e ambiental quando morava em Ruy. Hoje, morando em Dois Irmãos, busca adquirir conhecimentos na área rural junto aos colonos descendentes de alemães que moram na região. “Pretendo repassar aos lavradores da região da Chapada Diamantina todo este conhecimento e mostrar que mesmo com pouco se colhe bons frutos”.