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Devido à crise, calçado gaúcho já fechou 5,5 mil empregos em 2020
Novo Hamburgo – O setor calçadista gaúcho fechou 5,5 mil postos de trabalho em 2020 por causa, muito em parte, pela crise causada pelo coronavírus. A estimativa foi divulgada pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) nesta quinta-feira, 23. Conforme a entidade, o estado está com segundo lugar no fechamento de vagas no setor. Perde para São Paulo, que já teve encolhimento de 7,9 mil postos. No Brasil todo, o calçado perdeu 24,4 mil empregos desde o começo da crise.
Segundo pesquisa realizada pela entidade, 51% das empresas do setor calçadista estão com atividades paralisadas, ou apenas finalizando produtos para utilização da matéria-prima disponível. Estas empresas, posteriormente, também devem parar. 23% delas não têm previsão de retorno às atividades.
A produção de calçados no país deve encolher pelo menos 49% no segundo trimestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. A queda será somada a outra, de 14,2% nos três primeiros meses do ano, resultando em uma retração de, pelo menos, 31,8% no primeiro semestre.
Outro número que assombra é a estimativa de retração no setor. Se, no começo de 2020, o calçado esperava crescer 2,5%, agora projeta cair mais de 26% sobre 2019. “O principal problema enfrentado pela indústria calçadista neste período tem sido o cancelamento de pedidos, bem como a postergação e faturamento dos mesmos. Com o varejo fechado, assim como a retração da demanda, não temos o que produzir”, lamenta o presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira.